segunda-feira, 5 de setembro de 2016

URGENTE



                            
                                    URGENTE

Aracaju,31 de agosto de 2016



Excelentíssimo Senhor
 Ministro RICARDO LEWANDOWSKI,
Presidente do Supremo Tribunal Federal
 Brasília/DF

                               IMPEACHMENT

Excelência:

Eu sou poeta e escritor, candidato ao prêmio Nobel de Literatura de 2012, de 2016 e enquanto respirar.
Ainda não me alimento do mel da glória porque as editoras e a mídia não apoiam literatos desconhecidos do público, mesmo que sejam gênios.
Tenho consciência de que somente subirei os degraus da escada da fama se conseguir ser laureado com o Prêmio Nobel de Literatura.
Portanto, as palavras que o meu estro possa dirigir a V. Exa., são vazias de valor.
Não possuo diploma de bacharel da Ciência do Direito, porém estudei o Direito Romano e o livro famoso “O ESPÍRITO DAS LEIS”.
Aos 13 anos de idade, eu era secretário de um famoso advogado desta capital, ALFREDO ROLLEMBERG LEITE.
Em sua vasta biblioteca, eu lia Clóvis Beviláqua, Carvalho Neto, Teixeira de Freitas e outros.
Na minha juventude vivida em Aracaju, não havia Faculdade de Direito, motivo pelo qual em 1945 eu recebia diploma de Contador, aos 21 anos de idade.
Entretanto, recebi da Natureza as chaves da lógica, do bom senso e da razão.
Julgo-me paladino da justiça.

Estudei as obras de uns cem filósofos, desde Platão e Aristóteles.
Jamais me filiei a sindicato, religião, política, maçonaria, etc.
O meu pensamento é livre como o condor que, altaneiro, voa sobre as montanhas dos Andes.
Desculpe-me por causa deste longo prelúdio.
Excelência:
O dia de hoje é um dia muito singular na História do Brasil.
V. Exa., na qualidade de presidente das sessões do Senado Federal que julgavam o impedimento da presidente DILMA VANA ROUSSEFF, portou-se com o   brio e a cultura de Ruy Barbosa, na conferência de HAIA.
A História do Brasil será, no futuro, enriquecida com o vosso nome, ao lado de Ruy.
Eu tive a impressão de que, no íntimo, V. Exa. não estava convicto dos argumentos que acusavam a presidente de crime contra a Constituição e o orçamento.
Excelência:
Na qualidade de ter sido um dos mais competentes Contadores do Brasil, e também Auditor, eu entendo o que seja orçamento. Que assim pode ser definido:
“Orçamento: Previsão de receita e despesa de um indivíduo, empresa ou organismo. Cálculo da receita e da despesa de um governo para o exercício financeiro”.

Excelência:

O orçamento é, pois, apenas uma previsão, e, sendo assim, está sujeito a erros.
As despesas são fixas e variáveis; as receitas, uma incógnita.
Os decretos dos quais a presidente foi acusada, por não haver prévia aprovação do Parlamento, são decretos de natureza administrativa que visam a remanejar verbas.
Ao considerar crime esse procedimento, os deputados e senadores – a maioria deles ignorantes a respeito de orçamento – cometeram um erro abissal.
Acredito que o parecer do Tribunal de Contas somente tem valor depois de aprovado pelo Congresso Nacional.
Nas campanhas políticas, todos os candidatos prometem até o céu aos eleitores.
Assim tem sido em todos os países democráticos.
Portanto, acusar a candidata Dilma de haver cometido um estelionato eleitoral, nada mais é do que revelar uma ignorância mais alta do que o Everest.

Excelência:

Nas sessões da Câmara dos Deputados, bem como nas sessões do Senado, eu assisti a cenas de circo.
Os meus ouvidos doíam de ouvir tantas tolices.
Quase todos os parlamentares cometeram grave omissão.
Limitavam-se a pronunciar as pedaladas (gíria) e a não autorização prévia dos três decretos.
Se a presidente tivesse solicitado a prévia aprovação, os deputados certamente aprovariam.
Nenhum deles indicou quais foram os danos causados pela emissão dos decretos!
Qual foi o prejuízo causado aos bancos públicos em virtude das ditas pedaladas?
Não houve empréstimo bancário. Quando se faz um empréstimo se emite um contrato que é assinado pelas partes contratantes.
Culpar a presidente pelo desemprego não passa de uma burra acusação.

Excelência:

Não sou filiado a qualquer partido político. Não sou contra nem a favor da presidente destituída.
Como disse anteriormente, eu sou poeta e apologista da Justiça.
A crise econômica que acontece em nosso país, não é culpa da presidente.
Os culpados são os agentes econômicos, os consumidores e a crise mundial.
O combate à inflação se dá com a oferta dos produtos, e não com providências do Banco Central.
Os economistas são magos, adivinhos. Economia não é ciência.
O famoso escritor russo, GOGOL, o maior inimigo dos economistas, assim os definia: “ Economista; cáfila de imbecís”.
Respeitosamente,

Edson Almeida Valadares
(Pensador. Descendente do conde Jorge Valadares, médico da expedição de Thomé de Souza. Construtor do Hospital Militar de Salvador, Bahia, o primeiro Hospital do Brasil).

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