URGENTE
Aracaju, 9 de setembro de 2016.
Excelentíssimo
Senhor
HENRIQUE
MEIRELLES, Ministro
da
Fazenda.
É do meu extremo desejo que V. Exa., na
qualidade de comandante da economia do nosso país, saia vitorioso como o
General WELLINGTON ao derrotar NAPOLEÃO BONAPARTE na batalha de Waterloo.
Com esta ideia em vista, uma vez mais me dirijo
a V. Exa. visando a externar as minhas sugestões.
Nas entrevistas e pronunciamentos nunca ouvi V.
Exa. se manifestar sobre a dívida ativa praticada pelos sonegadores de
impostos, cujo montante a mídia informa ser superior a um trilhão de reais. Por
certo, um tesouro mais rico do que o tesouro de Ali Babá.
Em tempo de paz entre as Nações, o Brasil
mantém um exército maior do que o da França e do Reino Unido.
Segundo o Almanaque ABRIL de 2015, a
Aeronáutica tinha em 2013, um efetivo de 69,5 mil militares.
O Brasil, no mesmo ano, gastou U$ 34,7 bilhões.
As meninas pedem bonecas aos seus pais, para
brincarem. Os meninos pedem, também, brinquedos.
Do mesmo modo, os almirantes e os brigadeiros
pedem aos governantes brinquedos perigosos.
Os almirantes pedem submarinos, porta-aviões,
etc.
Os brigadeiros pedem aviões de guerra comprados
na Suécia e outros fabricados pela Embraer.
Consta-me que, por incrível que pareça, a
Aeronáutica tem tanks de guerra, o que a meu ver, esse armamento deveria ser
exclusivo do exército.
Assim como os pais não negam brinquedos aos
filhos, o Poder Executivo não nega presentear os militares, sob o pretexto
fútil da segurança nacional.
Pergunto: De quem o Poder Executivo tem medo?
Do Uruguai, do Haiti, ou outros países
minúsculos?
É evidente que se fôssemos atacados por uma
potência mundial, não resistiríamos mais do que 24 horas.
Do exposto, por intermédio de V. Exa.,
proponho:
Exército: reduzir para 150.000
homens. Igual à França.
Marinha: manter o efetivo
atual.
Aeronáutica: reduzir o seu
efetivo para 20.00 homens.
Tenho a impressão de que este assunto seja um
tabu, razão pela qual nenhum outro Poder tem a coragem de “mexer” nas Forças
Armadas, apesar do seu alto custo anual, superior a cem bilhões de reais, uma
fortuna suficiente para retirar o país da atual crise econômica e financeira.
Respeitosamente,
Edson
Valadares
(Poeta, escritor, pensador. Candidato ao
Prêmio
Nobel de 2016; 93 anos.)
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