Diário
2016
Setembro
15 Agora são
duas horas da madrugada, informa o soar do poderoso relógio da Catedral desta
cidade de Aracaju, capital do Estado de Sergipe.
Conforme já revelei neste Diário, os meus
sonhos são tão numerosos que evito comentá-los, na suposição de que não seriam
do agrado dos leitores.
Entretanto, há sonhos tão inusitados que não
resisto ao desejo de anotá-los, como este que acaba de me suceder.
Numa cidade desconhecida, eu estava hospedado num
grande hotel. Havia saído para dar um passeio pelas ruas da cidade que me
parecia misteriosa.
Ao regressar, não encontrava o hotel e não me
lembrava do nome.
As ruas estavam desertas, pois já cobertas
pelas sombras da noite.
Aflito, continuava a caminhar.
Finalmente, avistei um hotel, porém não o
reconheci. Ao chegar à entrada principal, um jovem ia saindo e me informou o
nome: Hotel Aracaju.
Aliviado, ingressei no recinto.
Já era noite densa. Os hóspedes ocupavam o
restaurante.
A fome obrigou-me a jantar imediatamente.
Na mesa ao lado, estava sentado um senhor
elegante e simpático.
Dirigiu-se a mim. Perguntou o meu nome e onde
trabalhava.
Respondi que era funcionário da Petrobrás.
Então, o desconhecido começou a citar nomes de
petroleiros (engenheiros) que eu conhecia, mas não mais me lembrava deles.
Alguns eu sabia que haviam falecido.
De repente, o meu estranho interlocutor
sumiu-se.
A sua mesa foi ocupada por outros hóspedes que
conversavam em voz alta.
Acordei e levantei-me com o intuito de
registrar este sonho intrigante nas páginas deste Diário, o qual é meu
confidente desde o ano de 1998.
Volto para o meu catre, com a intenção de
dormir novamente e continuar a sonhar.
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