Diário
2016
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Setembro
26
Meu Diário:
Agora
são 2 horas da madrugada. Acabo de acordar sobressaltado.
Levanto-me
repugnado.
Dois
sujeitos entraram na sala da nossa casa e, aos gritos, chamaram o meu pai.
Puseram no chão um caixão com o corpo de um sujeito assassinado. O sangue da
vítima jorrava.
Imediatamente,
desapareceram.
Na
sala somente estava eu, ainda criança. Que cena horripilante! O meu pai não
apareceu.
Passados
alguns segundos, acordei e, ainda assustado, relato este sonho pavoroso.
Por
que nasci com o estigma de sofrer pesadelos?
Desde
que nasci, me aconteceram centenas de pesadelos.
Faz
alguns anos que me aconteceu um pesadelo horrível, o qual está gravado na minha
memória, a ferro e a fogo.
Eu
havia morrido. A minha alma flutuava e via o meu cadáver. A minha mãe e os meus
irmãos circundavam o caixão e choravam.
Eu
gritava: Não chorem. Estou vivo.
Essa
cena macabra durou alguns minutos.
De
súbito, acordei apavorado, mas contente, ao constatar que estava vivo e com
saúde.
As
minhas duas filhas dormem.
O
silêncio neste apartamento é sideral. Quebrado somente pelo tic tac, tic tac do
relógio de parede, indiferente da minha agonia.
Temendo
a continuação do pesadelo, evito deitar-me.
Começo
a ler poemas de Chateaubriand.
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