URGENTE
Aracaju, 27de setembro de 2016
Excelentíssimo
Senhor Senador
RENAN
CALHEIROS, Presidente do
Congresso
Nacional.
Excelência:
Acabo
de receber do Banco ITAÚ a fatura do meu cartão de crédito.
À
taxa de 14,89%, me foi debitado R$ 750,58, a título de financiamento.
Além
disso, no dia 10/9, o banco debitou mais R$ 414,00, referente a anuidade, o que
nunca aconteceu durante os anos de vigência do cartão.
Na
minha conta corrente, o banco vem debitando, à minha revelia, quantias com o
histórico de pacote, que tem o objetivo de me oferecer uma taxa menor no caso
em que eu tome um empréstimo. Ora, eu não sou doido para tomar empréstimo no
mercado financeiro, um mercado de agiotas.
Do
exposto, estou sendo roubado três vezes: os juros de 14,89 ao mês, a anuidade e
o pacote.
A
taxa SELIC não se aplica ao mercado financeiro.
A
Polícia Federal “adora” prender empreiteiros, políticos e ministros, porém não
prende os agiotas do mercado financeiro que, descaradamente e impunimente rouba
o sofrido povo brasileiro.
O
Banco Central, o Poder Executivo, o Poder Legislativo e o Poder Judiciário
assistem, de camarote, essa extorsão.
O
banqueiro é intocável, como o Papa!
Em
realidade, o mercado financeiro representa o quarto Poder da República.
Outro
assunto:
As doações feitas pelos empreiteiros aos
políticos, eram permitidas na ocasião.
Agora,
essas doações passaram a ser sinônimos de propina !!! E os doadores presos, festivamente,
pela Polícia Federal, acusados de praticarem crime.
Última
denúncia:
Por
culpa dos banqueiros – os piores patrões do Brasil – a greve dos bancários
continua e causa prejuízos à Nação e sofrimento ao nosso povo.
Causa-me
espanto o fato de que o Ministério do Trabalho se omite. De camarote, assiste
este espetáculo dantesco.
No
passado, esse Ministério intermediava a solução das greves. Agora, cruza os
braços e pensa: “Nada tenho a ver com isso”.
Essa
situação é tão ridícula que é capaz de fazer um macaco gargalhar.
Respeitosas saudações,
Edson Valadares
(Poeta
e escritor satírico. Candidato ao
Prêmio Nobel de Literatura de 2016; 93 anos).
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