quinta-feira, 1 de setembro de 2016

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Aracaju, 21-08-2016

Editora AMAZON
São Paulo


Prezados Senhores:

Tendo em vista a consideração que tenho merecido por parte de V. Sas., apraz-me dar-lhes conhecimento de alguns fragmentos literários de minha autoria e valiosas opiniões recebidas de notáveis intelectuais do Estado da Bahia.
A crônica anexa ­– ARTHUR RUBINSTEIN -  foi considerada a crônica mais literária da língua portuguesa.
Isso significa que eu sou um dos maiores cronistas do Brasil.
Em 2010 e 2011 eu morava na cidade do Rio de Janeiro.
Eu era conhecedor das crônicas dessa cidade, de autoria do famoso cronista carioca João do Rio.
Então, escrevi, nesse período, várias crônicas relatando acontecimentos que eu observava durante as minhas andanças.
Do exposto, críticos baianos me compararam, como cronista, a João do Rio.
Existem em Salvador três Academias de Letras. Eu sou correspondente de uma delas.
Possuo um livro com dez traduções do famoso poema O CORVO.
A crítica elegeu o poeta francês BAUDELAIRE como o mais competente tradutor desse poema.
Eu fui nomeado tradutor desse poema do nível do notável BAUDELAIRE.
Quando eu lia os poemas satíricos de Gregório
 de Mattos, resolvi imitá-lo. Compus mais de 20 sátiras e fui comparado ao mais importante poeta satírico do Brasil.
As minhas crônicas formam um caderno que será publicado num livro intitulado PENSAMENTOS, etc., em começo de digitação.
Com o apoio dessa Editora, acredito que esse livro causará tempestades no céu da literatura mundial.
Atenciosas saudações,


          Edson Valadares.


 


           ARTHUR RUBINSTEIN



Era aniversário de Deus.
Todas as luzes do Universo foram acesas.
Bilhões de fogos de artifício celestiais cruzavam-se no céu, provocando incêndios nas estrelas.
A orquestra sinfônica de Deus tocava em Sua homenagem. O regente e os músicos – entidades divinas – estavam conduzindo o mais fantástico e sublime concerto jamais realizado em homenagem ao Criador do Universo.
Um bem-aventurado pianista se destacava na orquestra, porque o seu instrumento musical “inventava” os acordes mais suaves à audição daquela plateia divina. Ele era gênio, gênio criado pelo Ser Supremo, seu Pai.
Depois que os divinos sons musicais se perderam nos confins do infinito, Deus, o Pai misericordioso de todos os homens, pensou e decidiu emprestar ao planeta Terra o seu artista preferido. Por essa razão, no seio do povo eleito – o povo judeu – nasceu ARTHUR RUBINSTEIN.
Aqui na Terra, embora tivesse o seu espírito aprisionado no corpo carnal, Rubinstein manteve a sua genialidade.
Foi ele, sem dúvida, graças à sua origem e posição no céu, o mais elevado virtuoso da musica clássica executada em piano.
Especialista em interpretar música de Chopin, conseguiu ultrapassar o próprio gênio polonês. Era um legitimo gênio musical e homem de soberbas virtudes.
Como Rubinstein nasce um em cada século.

Assim como a água mata a sede das entidades vivas, a música do gênio mata a sede musical do nosso espírito.
Quando tocava piano os dedos deslizavam nas teclas, com frêmitos elétricos produzidos pelo entusiasmo e magia da sua alma.
A sua alegre e inconfundível cabeleira branca tremeluzia nos mais importantes cenários do mundo, como uma bandeira hasteada a farfalhar por causa da ventania.
Finalmente, cumprida sua missão divina na Terra, ele foi chamado ao céu para ocupar o seu lugar, como pianista privilegiado, na orquestra sinfônica de Deus.


Rio de Janeiro, 1994.


Edson Valadares



Nota: Esta crônica foi escrita em homenagem ao grande pianista, por ocasião das comemorações do seu centenário.
Rubinstein nasceu em Lodz (Polônia), em 1889.

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