URGENTE
Aracaju, 23 de setembro de 2016
Excelentíssimo Senhor
Senador
RENAN CALHEIROS,
emérito Presidente
do Congresso Nacional
Excelência:
Acabo de assistir na GLOBO NEWS uma reportagem
sobre as mudanças no ensino fundamental.
A Revista VEJA desta semana, publica uma
excelente reportagem sob o título REFORMA NA ESCOLA.
Informa que no Ensino Médio há 13 disciplinas
obrigatórias, a saber:
Português, Matemática, Química, Física,
Biologia, Artes, Educação Física, História, Geografia, Filosofia, Sociologia,
Espanhol e Inglês.
(Cruz
credo!).
Excelência:
Eu fui estudante do curso primário até o curso
superior.
Fui funcionário de onze empresas privadas e
duas estatais, inclusive a Petrobrás.
Naquele tempo eu estudava poucas matérias.
No correr da carruagem, os sábios especialistas
em ensino, foram introduzindo matérias inúteis.
Quem tem o privilégio de possuir o cérebro
iluminado, opina o seguinte:
a)
As
matérias inúteis devem ser eliminadas, desde o curso fundamental até os cursos
superiores;
b)
O
ensino de Química, Física e Biologia no Curso Médio é uma tremenda ignorância.
Essas ciências devem ser ensinadas exclusivamente nos Cursos Superiores;
c)
O
idioma Português e Matemática, deveriam constar do Fundamental até todos os Cursos
Superiores;
d)
Do
mesmo modo, os idiomas Espanhol e Inglês;
e) Deveriam ser eliminados
de todos os cursos:
1.
Filosofia
e Sociologia. Eu não as considero ciências. Ambas são inúteis. Já li obras de
uns 50 filósofos e alguns de sociologia, inclusive de autoria de FHC, que
joguei no lixo;
2.
Artes
e Educação física devem ser igualmente eliminadas.
O
único exercício útil é natação. O resto não passa de embromação;
3.
Para
conseguir emprego privado ou estatal, jamais precisei de geografia e de
história.
Estudei, profundamente,
essas matérias por conta própria;
4.
A
informática deve ser ensinada e praticada nos cursos Fundamental e Médio.
Com relação ao Ensino
Superior, deverá haver currículos adaptados à cada ciência.
Excelência:
Anuncia-se
a uniformização dos currículos para vigorar em todo o país. Quer nas escolas
públicas, quer no ensino particular.
Essa
proposta é de minha autoria junto à Comissão de Educação do Congresso e junto
ao Ministério da Educação.
Alguém
apropriou-se dela.
Remeti
email para o Ministério da Educação protestando contra essa usurpação. Recebi a
resposta de que o meu protesto seria encaminhado para o setor competente.
A
resposta foi o silêncio.
Na última
década do ano passado eu morava na cidade do Rio de Janeiro.
Ocorreu-me
a ideia de remeter carta para o Governador propondo que em vez da Polícia
Estadual confinar-se em grandes quarteis, fossem construídos pequenos quarteis,
principalmente nas favelas mais violentas.
Mais
tarde, foram criadas as atuais UPP’s.
A minha
ideia foi usurpada pela segunda vez, naquela cidade.
A
primeira vez que aconteceu usurpação de uma minha ideia foi no governo de Cezar
Maia.
A
prefeitura espalhou na cidade, milhares de panfletos convidando a população a
opinar sobre as obras de revitalização dos bairros de Ipanema e de Copacabana.
Eu remeti
as minhas sugestões. Após alguns dias recebi telefonema da sua secretária que
transmitia a informação de que as minhas propostas haviam sido totalmente
aprovadas e o prefeito agradecia-me.
Após um
curto período de tempo, recebi uma longa carta do engenheiro Secretário de Obras
na qual me informava o início das obras, de forma detalhada, e agradecia as minhas sugestões.
As obras
foram concluídas.
Eu havia
passado a residir na cidade de Ilhéus e informei o meu endereço.
Na
inauguração houve festa e elogios populares. Eu não fui convidado.
Passado
mais ou menos um ano, viajei para o Rio de Janeiro.
Apressei-me
em visitar os dois bairros.
Lá
chegando, vi, emocionado, as minhas ideias transformadas em realidade.
Eu sou
candidato ao Prêmio Nobel de Literatura de 2016. Certamente, uma vez mais,
serei usurpado.
Saudações
respeitosas,
Edson Valadares
(Poeta,
escritor e pensador).
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