SILÊNCIO
Estou em silêncio,
como a morte. Ao
chegar próximo dos
92 anos de idade,
antevendo o breve
convite da fria
sepultura,
resolvi viver os meus
últimos dias mudo,
como uma pedra no
fundo do mar. Ocioso,
imobilizado, como o
frondoso carvalho na
floresta. O horizonte
do meu destino, pouco
a pouco se aproxima.
Vivo só, como a
borboleta.
Do mundo, nada mais
me interessa. Conheci
a Europa, a América
do Norte, a América
Central e a América
do Sul. Durante 50 anos
vivi na Cidade
Maravilhosa.
O barulho me incomoda.
Em silêncio, aguardo a
Morte;
Aracaju, 30-7-2015.
Edson Valadares
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