Diário
2016
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Setembro
23 Meu
confidente Diário.
Agora são 4 horas da
manhã de uma madrugada primaveril.
Levantei-me para
registrar um sonho de amor, coisa que não me acontecia desde anos passados.
Eu estava hospedado
no hotel de uma cidade desconhecida.
De súbito, conheci
uma loira, bela como Vênus. Vendia jovialidade e alegria. A sua voz de
rouxinol.
Ela tomou a
iniciativa de me abraçar e me beijar. O seu perfume era estonteante.
Jamais, no curso da
minha existência, senti o que se chama felicidade.
Saímos do hotel de
braços dados. Ela sorria às cataratas.
Caminhamos pelas
ruas, sem destino. Vi uma sorveteria e convidei-a a tomarmos um sorvete.
A paixão foi
imediata.
Solicitei-a em
casamento e ela aceitou.
Ainda vejo, nitidamente,
os seus olhos verdes, o seu sorriso que mostrava dentes alvos como a neve.
Conversamos muito,
mas a memória não guardou os nossos diálogos.
Subitamente ela
sumiu-se sem se despedir.
A minha felicidade
transformou-se em tristeza e frustração.
No momento em que
relato esta minha aventura onírica, sinto uma profunda saudade dela. Estou
triste e
decepcionado. Mais uma vez sou traído pelo
Destino. Adeus meu amor! Talvez nos encontremos na eternidade.
Concluo que a felicidade é uma
miragem no deserto.
Edson Valadares
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