MINHA
VIDA É UM MAUSOLÉU EM
DECOMPOSIÇÃO
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A minha vida e um mausoléu
Em
processo de decomposição.
Neste
sepulcro, resta a minha caveira,
Última
lembrança do meu corpo.
Visitam-me
na escuridão da noite
Apenas
raras aves noturnas,
Que
voejam em torno do cemitério,
E vêm
repousar sobre este mármore frio.
Neste
repouso eterno, sou feliz.
Feliz
por ignorar os males do mundo.
Feliz
por ter deixado de sofrer.
Embora
aprisionado neste túmulo,
Me
sinto em gozo da liberdade,
Como o
relâmpago que brilha no céu.
Ignoro
se existe um Deus.
Ignoro
qual seja o meu destino.
Ignoro
quantos séculos, quantos milênios
Permanecerei
aqui,
Ou se
partirei para o infinito.
Ou
para as sombrias profundezas do NADA.
Aracaju,
05-03-2007.
(Quando
morria a tarde)
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