quarta-feira, 9 de agosto de 2017

MINHA VIDA É UM MAUSOLÉU EM DECOMPOSIÇÃO




MINHA VIDA É UM MAUSOLÉU EM
DECOMPOSIÇÃO
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 A minha vida e um mausoléu
Em processo de decomposição.
Neste sepulcro, resta a minha caveira,
Última lembrança do meu corpo.
Visitam-me na escuridão da noite
Apenas raras aves noturnas,
Que voejam em torno do cemitério,
E vêm repousar sobre este mármore frio.
Neste repouso eterno, sou feliz.
Feliz por ignorar os males do mundo.
Feliz por ter deixado de sofrer.
Embora aprisionado neste túmulo,
Me sinto em gozo da liberdade,
Como o relâmpago que brilha no céu.
Ignoro se existe um Deus.
Ignoro qual seja o meu destino.
Ignoro quantos séculos, quantos milênios
Permanecerei aqui,
Ou se partirei para o infinito.
Ou para as sombrias profundezas do NADA.

Aracaju, 05-03-2007.
(Quando morria a tarde)

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