DIÁRIO
2017
Agosto
29.
Nas noites recentes tenho tido estranhos e tenebrosos sonhos, os quais
evito relatar para não me tornar repetitivo de um mesmo tema.
Contudo, na madrugada de hoje
ocorreu-me um sonho horroroso, inédito, digno de ser levado aos meus leitores.
Eu e poucas pessoas atravessávamos uma caatinga.
Para quem não sabe, caatinga, informo:
Caatinga existe no sertão de uns poucos Estados do Nordeste do Brasil. A vegetação sem folhas na estação seca.
Caminhávamos numa vereda que atravessava
aquela região.
De súbito, nos deparávamos com cadáveres
humanos podres, cujo mau cheiro era sentido à distância.
Alguns ainda inteiros; outros sem pernas, sem
braços, sem cabeça.
Eu perguntava: quem seriam esses infelizes
mortos em decomposição? Aquelas visões
eram tétricas.
A caminhada durou um tempo impreciso.
Ainda horrorizados, penetramos numa pequena
floresta.
Acordei às 6h30, com a impressão de que
continuava a sentir o mau cheiro e a acreditar que tudo aquilo não teria sido
sonho, porém uma absoluta realidade.
Edson Valadares
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