terça-feira, 1 de agosto de 2017

Aos meus leitores



Aracaju, 30 de julho de 2017.


 Aos meus leitores:

                 POESIA

 O poeta francês FÉLIX ARVERS (1806-1851), com um único soneto de amor, ganhou fama mundial.
 O seu célebre soneto foi eleito o mais brilhante da literatura.
 Li essa obra prima muitas vezes.
 Num certo dia, a minha MUSA compadeceu-se de mim e ajudou-me a compor um poema com o mesmo tema de ARVERS.
 A vocês, que prestigiam este blog, ofereço o soneto do poeta francês e o poema deste poeta brasileiro.


                SONNET

Mom âme a son secret, ma vie a son mystère:
Un amour éternel en un moment conçu;
Le mal est sans espoir, aussi j’ai dû le taire,
Et celle qui l’a fait n’en a jamais rien su.

Hélas! J’aurai passé près d’elle inaperçu,
Toujours à ses côtés, et pourtant solitaire,
Et j’aurai jusqu’au bout fait mon temps sur la terre,
N’osant rien demander et n’ayant rien reçu.

Pour elle, quoique Dieu l’ait faite douce et tendre,
Elle ira son chemin, distraite, et sans entendre
Ce murmure d’amour élevé sur ses pas;

A l’austère devoir pieusement fidèle,
Elle dira, lisant ces vers  tout remplis d’elle:
“Quelle est donc cette femme?” et ne comprendra pas.



POEMA PARA UMA JOVEM LOIRA DESCONHECIDA

Num luxuoso consultório médico,
encontro uma jovem desconhecida;
bela como Vênus. Conversava
com uma amiga também bela.
Quem seria ela? Semelhante
à estrela da manhã! Sua voz
maviosa como a voz  de um anjo.
Quando sorria, seus olhos
brilhavam como o orvalho de
uma manhã radiosa, e mostravam
uma vitrine de dente alvos
como a neve ao cair do céu.
De cor branca como uma eslava;
os cabelos loiros como a luz do Sol.
O corpo da sublime Galatéia,
o poeta admirava extasiado.
O mesmo pensamento martelava
o seu cérebro. Quem seria ela?
Por qual motivo visitava o médico?
Jamais saberei! Embevecido
e iluminado pelos raios dos
seus olhos verdes, a vi
levantar-se e partir para
algum destino ignorado.
Ciente de que nunca mais a
encontraria, logo senti saudade
restando as résteas da esperança
de revê-la na Eternidade.

Aracaju, 18-04-2010.

Edson Valadares

Nota:  Espero que este poema também me faça famoso como Arvers.

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