Aracaju, 18-8-2017.
Meus
caros leitores, responsáveis pelo êxito internacional deste blog:
Virgílio, poeta italiano, autor do livro de
poesia ENEIDA, é considerado o maior poeta latino.
Foi o principal autor de poema pastoril.
Como leitor e admirador de Virgílio, decidi
imitá-lo e, então, produzi uns poucos poemas desse gênero poético.
Certo que não sou um seu mau discípulo.
Vide, a seguir, um dos meus poemas. Esclareço
que nasci e vivi em fazenda até os dez primeiros anos da minha existência.
POESIA PASTORIL
A poesia pastoril,
de fama no passado,
morreu, vagarosamente,
ao escoar lento dos séculos.
No modernismo
deste tempo,
ressuscitá-la
seria um trabalho para
o deus Hércules,
e um grande desafio
à inspiração do poeta.
No despertar do século XX,
eu nascia na fazenda Buril,
Estado de Sergipe,
numa casinha branca
situada no sopé de
uma montanha arborizada,
onde a lenda dizia
que havia em suas
entranhas uma mina de ouro.
A fazenda tinha um prado
atapetado de flores do campo,
de muitas cores.
No sopé da montanha
nascia uma bela fonte
de águas cantantes.
Ao nascer do Sol,
milhares de passarinhos
gorjeavam saudando
o rei do Universo.
Acorda, também, o campônio.
Após tomar o seu café
na manhã seguinte,
ele se apossa da charrua
e vai ao campo arar a terra
molhada pelas recentes
chuvas do início do inverno.
Depois ele enterra as sementes.
Em breve o campo verde,
anunciando boa safra
e bons lucros, ele sorri
e se sente feliz.
À noite, cansado,
o campônio dorme
como um deus.
Ao morrer a madrugada,
o canto estridente do galo
o desperta.
A rotina recomeça,
e, assim, os anos
passando vão, vagarosos.
E o homem envelhece
e morre, sem compreender
por que viveu e morreu.
Edson Valadares
Aracaju, 2008.
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