quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Crítica literária



Aracaju, 9-10-2017.


               Crítica literária


O Jornal CINFORM, desta capital, edição de 14 a 20 de novembro de 2016, publicou uma entrevista de autoria de um letrista e cantor local, com o seguinte título:

           “Poesia é o que tem
            de mais louco e
            livre”.

Ao considerar que o louco é esse letrista e não a poesia, o mesmo jornal publicou a minha crítica seguinte:
“Entrevista
Li a entrevista do cantor Carlos Leoni Rodrigues publicada na edição 1752. Ante as besteiras que ele pronunciou que podem agradar a leitores ignorantes, mas não agradam a intelectuais e poetas de alto nível, resolvi oferecer os meus comentários.
 É lógico que esse letrista e cantor nunca leu os mais famosos tratadistas da arte poética tais como: Horácio, Quintiliano, T.S.  Elliot, Ezra Pound e Olavo Bilac.
 O letrista musical se acha tão distante da verdadeira poesia, assim como o Polo Norte está do Polo Sul.
 É verdade que o Comitê do Prêmio Nobel de 2016 premiou um músico norte-americano, numa atitude ofensiva aos grandes poetas e escritores que concorreram este ano, inclusive eu e uma filha minha.
 Esta lastimável escolha feita pelo Comitê, contribui para o fortalecimento da presunção de que a letra musical seja poesia.  A letra musical é para ser cantada.  A poesia é para ser declamada ou recitada.
 Quando o músico Leoni opina sobre direitos civis, segue a moda mundial em voga.  Há direitos civis sem a recíproca dos deveres civis.
Parece-me que seria mais correto falar-se de direitos humanos e deveres humanos.   Há no Estado da Bahia um passarinho tão preguiçoso de nome Chupim, que põe os seus ovos no ninho de outros passarinhos para serem chocados.  O mesmo acontece na fauna humana.
 Trocando em miúdos: os direitos humanos ou civis pretendem que essa população ignorante e ociosa “mame” eternamente nos seios da Nação, notadamente da sofrida classe média, que estuda, tem profissão, trabalha e paga impostos extorsivos que são distribuídos aos ociosos do Bolsa Família.
 A pobreza virou profissão.
O pobre não paga IPTU, Imposto de Renda, médicos e dentistas, hospital, remédios etc. Ainda pleiteia transporte gratuito, casa própria e outras vantagens.
O poeta grego Hesíodo (século sexto a.C.) recriminava o seu irmão, em versos, porque ele não trabalhava.
 O pobre - que é pobre pela sua exclusiva culpa- pensa que as benesses recebidas do Poder Executivo vêm de pomares que produzem frutos de ouro.
 Os políticos demagogos, dirigentes da Nação, para se promoverem e receberem votos, asfixiam a classe média com impostos, em benefício de uma maioria que se comporta como o passarinho Chupim!


            Edson Valadares, 93 anos, poeta, escritor e candidato ao Prêmio Nobel de Literatura) ”.

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