URGENTE
Aracaju, 13 de outubro de 2017.
Excelentíssima
Ministra
CÁRMEN LÚCIA, ilustre presidente
do Supremo Tribunal Federal (STF)
Excelência:
O voto de V. Exa. na última sessão do STF
merece que todos os sinos do universo repiquem em vossa homenagem.
Antes de expor a minha opinião que se segue,
devo dar ciência a V. Exa. de que o meu pensamento é livre como o condor que,
altaneiro, voa sobre as montanhas da Cordilheira dos Andes.
Não sou jurista, porém paladino da Justiça.
Não sou político, nem filiado a coisa nenhuma.
A mídia de hoje notícia que o TCU bloqueou os
bens da ex-presidente Dilma Rousseff, de Sérgio Gabrielli e de Antônio Palocci.
Excelência:
Na ocasião da CPI sobre a compra da refinaria Pasadena,
eu recomendei que fossem requisitados todos os balanços desde a realização da
compra, bem como se houve inventário do acervo da refinaria.
No caso em que tivesse havido lucro, esse
valor deveria ser deduzido do preço de aquisição. Se houve prejuízo, o valor deveria ser somado
ao referido preço.
A CPI, cujos membros não eram Contadores nem
tinham os seus cérebros iluminados.
Mais tarde, eu me dirigi à Câmara dos Deputados
sobre esse mesmo assunto.
Suas excelências, ignorantes do que seja Contabilidade,
fecharam os olhos e taparam os seus ouvidos à minha advertência.
Portanto, excelência, esse bloqueio das contas
dos acusados, sem o prévio exame dos balanços, é injusto e absurdo.
Ademais, se finalmente for confirmado o
prejuízo de que tanto se fala, acredito que os acusados não dispõem de recursos
financeiros suficientes.
Ademais, se isso for verdadeiro, não seriam
eles os únicos responsáveis pela compra da refinaria.
Do exposto, considerando que V. Exa. se mostra
paladina da Justiça, aceite esta minha exposição, e o STF corrija essa provável
injustiça.
Não conheço os acusados, porém fui Contador da
PETROBRAS durante 20 anos.
Ao aposentar-me em 1977, três meses depois fui
nomeado Auditor da COBEC – Trading - Company do Banco do Brasil.
Nessa função fiz auditoria nas filiais da
França, da Alemanha, do Canadá, dos Estados Unidos (duas vezes), e do Panamá,
eis que era fluente em francês, inglês e espanhol.
Um relatório meu provocou a demissão do Contador-geral
da filial da Nova York.
Em resumo, orgulho-me de ter sido um dos mais
competentes Contadores do Brasil.
No concurso da PETROBRAS, dentre mais de cem
candidatos, muitos deles Contadores de grandes empresas, apenas dez foram
aprovados. Eu, em primeiro lugar.
Quinze dias após ter sido admitido, como
prêmio fui nomeado Contador da unidade da Amazônia, com sede em Belém.
Em 1968, retornei à matriz, no Rio de Janeiro,
cidade onde morei durante 50 anos.
Respeitosamente,
Edson Almeida Valadares
(94 anos; poeta e escritor. Candidato ao
Prêmio Nobel de Literatura de 2012 e 2017).
Nota: Reproduzido por erro de revisão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário