Aracaju,
17 de dezembro de 2015.
Excelentíssimo
Senhor Senador
RENAN
CALHEIROS, Presidente
do
Congresso Nacional.
Brasília.
Excelência
A propósito do Orçamento Federal, permita-me
elaborar algumas considerações.
Como Contador na PETROBRAS durante 20 anos, eu
estudava, permanentemente, Contabilidade, Economia, Auditoria, Estatística,
etc.
A execução do Orçamento Federal é uma caixa
preta. A ênfase se dá nas rubricas Receita e Despesa.
Jamais eu soube da existência de um quadro
comparativo entre as rubricas da Receita e da Despesa e suas variações
positivas ou negativas.
O Orçamento Federal e outros orçamentos de
Estados e Municípios não passa de ficção.
As despesas fixas podem ser estimadas em grau
aproximado. As despesas variáveis estão sujeitas a erros de previsão
consideráveis.
Imagine-se o orçamento de quatro exercícios
financeiros futuros, o qual é fruto de adivinhação.
Como exemplo, dou meu próprio orçamento.
As despesas fixas não oferecem erros enquanto
fixas, mas as despesas variáveis variam para mais ou para menos todos os meses.
E o meu orçamento é irrisório. Tem apenas uma
conta de receita (os meus proventos) e meia dúzia de despesas variáveis.
Ignoro se o Congresso Nacional exige do Poder
Executivo um balanço mensal que demonstre as variações de cada rubrica.
Parece-me que o Congresso Nacional deveria
instalar um Departamento de Contabilidade composto de Contadores especializados
em análise de balanço.
Aqui, ofereço a V.Exa. estas considerações,
embora consciente de que elas não merecem atenção.
Respeitosamente,
Edson Valadares
(discípulo de Kester,
o maior Contador do
mundo. Poeta e
escritor.
Candidato ao Prêmio
Nobel
de Literatura de 2016)
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