Aracaju,
1º de dezembro de 2015.
Amigos:
Às vezes eu me ponho a pensar: “QUI SUIS-JE?”.
Não encontro a reposta.
No universo da literatura iniciei-me numa idade
avançada, quando a maioria dos famosos poetas e escritores já dormiam no berço
da eternidade.
Surgiu-me um pensamento.
Eu sou semelhante a um cometa desconhecido da
ciência que, inesperadamente, surge no céu deste planeta. Brilha durante um
certo tempo e depois desaparece.
Comigo acontecem coisas incríveis, as quais me
causa estupefação.
Sito algumas intrigantes passagens.
No final do século XX decidi morar numa cidade
pacata.
Escolhi a cidade de Ilhéus, Bahia, onde
permaneci durante sete anos.
Para ocupar o tempo ocioso, eu lia, dia e
noite, os poetas e escritores mais famosos.
Comprei um livro de poesia satírica de autoria
de Gregório de Matos.
No curso da leitura, nasceu em mim um forte
desejo de compor sátiras poéticas. Redigi umas vinte, todas elas em versos
rimados.
Após virar a última página do livro, sumiu-se a
inspiração e as sátiras.
Quando eu lia os Provérbios do Rei Salomão,
surgiu-me a vontade de produzir PENSAMENTOS.
Escrevi uns 350, os quais constam do livro
PENSAMENTOS, etc.
Eu havia lido a biografia de Rui Barbosa. Tive
conhecimento de parte dos seus discursos retóricos, próprios de sua época.
Ainda vivendo em Ilhéus entrei numa livraria e
visualizei um livro de autoria de Rui, CARTAS da INGLATERRA.
Decepcionado, ofereci o livro a uma senhora,
admiradora do famoso orador.
Em razão desse episódio, me decidi a escrever
cartas.
No curso de 20 anos escrevi umas 15.000
páginas, empatando com a condessa francesa Madame de Sévigné.
Selecionei 4.500 páginas que serão publicadas
em cinco volumes sob o título: “CARTAS do BRASIL”.
Em 1998, devido a influência de muitos autores
de Diários, Anne Frank, Josué Montello, Joaquim Nabuco, Humberto de Campos e
muitos outros, comecei a escrever um Diário, agora publicado pela Editora
AMAZON, na internet.
Nesse Diário registro um oceano de
acontecimentos alusivos a mim mesmo.
O meu Canto do Cisne se acha em poema constante
do meu livro VERSOS no ESPELHO, cujo parto acontecerá no próximo ano.
O que acabo de relatar de forma concisa, basta
para que eu me pergunte: “QUI SUIS-JE?”
Edson Valadares
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