quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Distintos leitores



Aracaju, 14 de dezembro de 2015.

Distintos leitores:

Na tarde de hoje desejo conversar com vocês a respeito da Eloquência ou Retórica.
Como se sabe, Eloquência é o dom de falar com fluência, com facilidade, valendo-se o orador da dicção e do entusiasmo.
Os mais eloquentes oradores do mundo ocidental surgiram na Antiguidade, notadamente na Grécia e em Roma.
Outros notáveis oradores surgiram durante a Revolução Francesa. Mirabeau foi comparado a Demóstenes.
A Inglaterra foi também celeiro de notáveis oradores.
No Brasil, os grandes oradores são raros.
No Império destacou-se o tribuno Silveira Martins. Na República os oradores brilhantes são escassos.
Merecem atenção: Joaquim Nabuco, Rio Branco, Rui Barbosa, Carlos Lacerda.
No púlpito, o nosso maior orador foi o padre Vieira.
Quase que diariamente assisto na TV as sessões do Parlamento (Câmara e Senado).
Noto que são raros os atuais oradores políticos.
Na Câmara destaco apenas dois.
No Senado, vejo apenas oradores razoáveis.
A Eloquência é própria do talento do orador. Contudo, também pode ser aprendida e burilada com os mestres da oratória.
Há quem julgue que a Eloquência é ciência. Outros acham que é arte.
Parece-me que essa divergência não merece discussão.
Sou de opinião de que a Eloquência deveria ser ensinada nas aulas do nosso idioma.
Entre outras falhas, os oradores da atualidade pecam pela má dicção e defeitos de gesticulação.


Edson Valadares
(Orador)

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