Aracaju,
14 de dezembro de 2015.
Distintos leitores:
Na tarde de hoje desejo conversar com vocês a
respeito da Eloquência ou Retórica.
Como se sabe, Eloquência é o dom de falar com
fluência, com facilidade, valendo-se o orador da dicção e do entusiasmo.
Os mais eloquentes oradores do mundo ocidental
surgiram na Antiguidade, notadamente na Grécia e em Roma.
Outros notáveis oradores surgiram durante a
Revolução Francesa. Mirabeau foi comparado a Demóstenes.
A Inglaterra foi também celeiro de notáveis
oradores.
No Brasil, os grandes oradores são raros.
No Império destacou-se o tribuno Silveira
Martins. Na República os oradores brilhantes são escassos.
Merecem atenção: Joaquim Nabuco, Rio Branco,
Rui Barbosa, Carlos Lacerda.
No púlpito, o nosso maior orador foi o padre
Vieira.
Quase que diariamente assisto na TV as sessões
do Parlamento (Câmara e Senado).
Noto que são raros os atuais oradores
políticos.
Na Câmara destaco apenas dois.
No Senado, vejo apenas oradores razoáveis.
A Eloquência é própria do talento do orador.
Contudo, também pode ser aprendida e burilada com os mestres da oratória.
Há quem julgue que a Eloquência é ciência.
Outros acham que é arte.
Parece-me que essa divergência não merece
discussão.
Sou de opinião de que a Eloquência deveria ser
ensinada nas aulas do nosso idioma.
Entre outras falhas, os oradores da atualidade
pecam pela má dicção e defeitos de gesticulação.
Edson Valadares
(Orador)
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