URGENTE
Aracaju,
10 de dezembro de 2015.
Excelentíssimo
Senhor Presidente
da
PETROBRAS, ALDEMIR BENDINE.
Excelência:
Por acaso, na página da PETROBRAS na internet,
tomei conhecimento de um panegírico em louvor ao petroleiro aposentado Ramiro
Barcelos Tostes.
Entretanto, o meu nome se acha apagado. Contra
essa injustiça, eu protesto.
Seguramente eu prestei à PETROBRAS serviços
muito superiores a esse petroleiro privilegiado pelos seus áulicos. Na
PETROBRAS, ele foi apenas um economista.
Na tela aparece a informação de que o senhor
Ramiro foi fundador da AMBEP.
Não é verdade.
O idealista da fundação da AMBEP foi o saudoso
Antônio Ferreira Bastos.
Eu também participei da fundação dessa
Associação e da Fundação PETROS.
Deixemos de lado a AMBEP para focalizar somente
a PETROBRAS.
Permita-me fazer um resumo da minha atuação
nessa empresa durante 20 anos, quando exerci, initerruptamente, cargos de Função
de Confiança. As minhas notas de avaliação sempre foram dez.
Retorno o relógio do tempo ao ano de 1956.
Nesse ano houve concurso para Contador da
PETROBRAS.
Os candidatos eram mais de cem. Apenas dez
foram aprovados. Eu, em primeiro lugar.
1)
Fui
admitido em setembro de 1957. Como prêmio, fui nomeado Contador de então SRAZ;
2)
Após
três anos, o Contador-geral me nomeou Contador da RPBA, em Salvador; na época a
Unidade mais importante da PETROBRAS, com um efetivo de 12.000 empregados;
3)
Após
oito anos, retornei à Matriz, no Rio de Janeiro;
4)
Naquela
época, os Contadores de todas as Unidades da PETROBRAS viajavam para o Rio de
Janeiro a fim de entregarem à Contadoria-geral os seus balanços;
5)
Durante
onze anos eu sempre entreguei os meus balanços em primeiro lugar;
6)
Ao
retornar à Matriz, fui nomeado Assistente do então Chefe do Serviço Financeiro,
cujo Serviço englobava a Contabilidade e a área financeira;
7)
Quando
na SRAZ, fui o primeiro Contador a padronizar os históricos contábeis;
8)
Quando
Contador da PETROBRAS na RPBA, por minha iniciativa, com o apoio do
Superintendente, doutor Geonízio Barroso, essa foi a primeira Unidade a pagar
salários e faturas na rede bancária;
9)
Na
sede, tive a oportunidade de prestar à empresa serviços especiais, que adiante
resumo;
10)
Eu
e o colega Craveiro, organizamos o primeiro Manual Financeiro da PETROBRAS;
11)
Participei
das Comissos nomeada para estudar e propor à Diretoria a criação da Petroquisa
e da BR;
12)
Participei
da Comissão que recomendou à Diretoria a abertura de contas em bancos privados,
antes privilégio do Banco do Brasil;
13)
Antes
de me aposentar em 1977, fui chefe de um grupo de trabalho nomeado para
inventariar as faturas então emitidas por todas as filiais e referentes à venda
de combustíveis que passavam à responsabilidade da BR. Esse trabalho durou três
meses;
14)
Com
base nos meus relatórios, a Contabilidade da PETRBROAS regularizou os lançamentos
contábeis que se faziam necessários;
Finalmente, como estudioso das Ciências da
Administração e da Organização, mas também graças a minha experiência de oito
anos na rede bancária e como Sub-Contador da Metro Goldwin Mayer of Brazil,
empresa norte-americana de cinema, muito contribui para o aperfeiçoamento da
Contabilidade da PETROBRAS e de sua organização administrativa.
O meu sonho era ser transferido para o
Escritório de Nova York.
Entretanto, o nomeado foi o Contador da SRAZ, a
quem substitui em 1957, o qual foi afastado a pedido do Superintendente
(Oficial da Marinha).
Essa injustiça determinou a minha
aposentadoria.
Após três meses, fui nomeado Auditor da COBEC,
Trading Company do Banco do Brasil.
Nessa função procedi a trabalhos de auditoria
nas filiais da Alemanha, da França, do Canadá, dos Estados Unidos e do Panamá,
além das muitas filiais existentes do Brasil.
Em 1984 aposentei-me definitivamente.
A vida ociosa não me agradava. Então, aos 70
anos de idade, iniciei-me na arte literária.
Em 2012, fui candidato ao Prêmio Nobel de
Literatura.
No próximo dia 2 de janeiro, concorrerei
novamente.
E voltarei a concorrer até quando me for
possível pensar e escrever.
Respeitosamente,
Edson Almeida Valadares
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