URGENTÍSSIMO
Aracaju, 14-11-2016
Revista VEJA
A atenção do Diretor de Redação
ANDRÉ PÉTRY.
Senhor diretor:
No século passado exerci na PETROBRAS,
durante 20 anos, o cargo de Contador.
Durante oito anos fui Contador
Seccional da então Região de Produção da Bahia, que, na época, era a mais
importante unidade da PETROBRAS, com 12 mil empregados.
Estudei
a Contabilidade de Custos da indústria do petróleo em livros norte-americanos.
Diante
disso, li com muita atenção, na página 62, o artigo “OUTRO ROMBO”, cujo autor
deve ser jornalista, e não Contador.
Escreve
ele:
(“as baixas contábeis de alguns ativos-entre
eles campos de petróleo que vão render menos que o esperado”).
Aposentado,
desconheço quais são os critérios contábeis atualmente adotados pela PETROBRAS.
Entretanto,
como discípulo do maior Contador do mundo, o norte-americano KESTER, parece-me
estranho à Ciência Contábil a contabilização de campos de petróleo no ATIVO.
Constitui
ATIVO o petróleo extraído e não o petróleo oculto no fundo da Terra.
Se
as reservas estimadas do Pré-sal fossem contabilizadas, o ativo do balanço da PETROBRAS
importaria em trilhões de dólares.
A
Ciência Contábil não registra estimativas. O Balanço deve representar o valor
do ATIVO e do PASSIVO, tomando por base documentos representativos das
operações de débito e de crédito.
O
ROMBO mencionado pela jornalista me parece estranho.
Estou
propenso a acreditar que esse rombo seja produto de procedimentos de auditores
externos, mais seguidores do mercado do que da Ciência Contábil.
Atenciosamente
Edson Almeida Valadares
(Poeta, escritor, pensador, Contador
da Petrobras, aposentado).
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