terça-feira, 22 de novembro de 2016

URGENTÍSSIMO



              
 URGENTÍSSIMO


 Aracaju, 14-11-2016


Revista VEJA
A atenção do Diretor de Redação
ANDRÉ PÉTRY.


Senhor diretor:

No século passado exerci na PETROBRAS, durante 20 anos, o cargo de Contador.
Durante oito anos fui Contador Seccional da então Região de Produção da Bahia, que, na época, era a mais importante unidade da PETROBRAS, com 12 mil empregados.
 Estudei a Contabilidade de Custos da indústria do petróleo em livros norte-americanos.
 Diante disso, li com muita atenção, na página 62, o artigo “OUTRO ROMBO”, cujo autor deve ser jornalista, e não Contador.
 Escreve ele:
(“as baixas contábeis de alguns ativos-entre eles campos de petróleo que vão render menos que o esperado”).
 Aposentado, desconheço quais são os critérios contábeis atualmente adotados pela PETROBRAS.
 Entretanto, como discípulo do maior Contador do mundo, o norte-americano KESTER, parece-me estranho à Ciência Contábil a contabilização de campos de petróleo no ATIVO.
 Constitui ATIVO o petróleo extraído e não o petróleo oculto no fundo da Terra.

 Se as reservas estimadas do Pré-sal fossem contabilizadas, o ativo do balanço da PETROBRAS importaria em trilhões de dólares.
 A Ciência Contábil não registra estimativas. O Balanço deve representar o valor do ATIVO e do PASSIVO, tomando por base documentos representativos das operações de débito e de crédito.
 O ROMBO mencionado pela jornalista me parece estranho.
 Estou propenso a acreditar que esse rombo seja produto de procedimentos de auditores externos, mais seguidores do mercado do que da Ciência Contábil.

 Atenciosamente


        Edson Almeida Valadares
(Poeta, escritor, pensador, Contador
 da Petrobras, aposentado).


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