Aracaju,
8-11-2016
Dr.
LUIZ CARLOS FACÓ
Mestre:
Agora são 7h 30.
Estou sozinho no apartamento que me abriga.
O silêncio é sepulcral, interrompido somente
pelo triste tique-taque do solitário relógio de parede.
Concluí a leitura do livro “HOMENS E RATOS”, de
JOHN STEINBECK.
A linguagem dos seus esquisitos personagens é
de tabaréu.
Quando o
autor intervém entre os diálogos se expressa numa linguagem pobre de
literatura.
Quando
leio livros de muitos desses mitos de barro, ouso pensar que não devo
invejá-los.
O seu elogio sobre o lugar que ocupo na
literatura brasileira causou-me comoção e a responsabilidade de merecer
elogios.
Em verdade, escrevo sem pensar previamente.
Imito José de Alencar que escrevia ao correr da pena.
Ponho-me a conjecturar que se eu pensasse,
poderia aperfeiçoar o meu estilo.
Como Descartes, move-me a dúvida.
Abraços,
Edson
Valadares
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