ORÇAMENTO
(Uma
peça de ficção)
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Orçamento
é definido como previsão da receita e despesa de uma pessoa, empresa ou órgão
público.
O orçamento calcula pormenorizadamente o valor
dos itens que compõem a receita e a despesa de um governo para o exercício
financeiro.
No Brasil, o Poder Executivo prepara o
orçamento e o submete à consideração e aprovação do Poder Legislativo, que tem
o poder de fazer alterações.
No
decorrer do exercício financeiro, a realidade das receitas e das despesas é
antagônica à previsão, que passa a ser uma peça de ficção.
Na
Ciência Contábil as despesas são divididas em duas categorias, a saber: fixas e
variáveis.
Entretanto,
as próprias despesas fixas variam no decorrer do exercício.
Já
as despesas variáveis estão sujeitas a profundas variações.
Entretanto,
o orçamento da República é tão levado a sério que o presidente do país pode ser
afastado se infringir a execução orçamentária, como acaba de acontecer no
Brasil.
Como exemplo da imperfeição dos cálculos
orçamentários, ofereço este exemplo:
O meu orçamento é mensal.
A receita constitui um único item, que são os
meus proventos.
No mês de setembro a minha categoria é
reajustada. Daí que a minha previsão de
receita a partir desse mês não
coincide com a previsão.
Já as despesas variáveis, tais como: energia elétrica
água e esgoto, transporte, alimentação e outras necessidades, a previsão de
cada item nunca coincide com a realidade.
Se eu cometo tantos erros de previsão no meu insignificante
orçamento, imagine-se a abissal divergência entre o previsto e o executado do orçamento
do país.
A confecção dos orçamentos da Nação, dos
Estados e Municípios cabe aos economistas.
O
registro das receitas e despesas cabe aos Contadores.
Do
exposto, o orçamento nada mais é do que uma peça de ficção, levada tão a sério
que o presidente da República está sujeito a ser condenado à forca no caso em
que desobedeça o cumprimento do orçamento sem prévia autorização do Poder
Legislativo.
Edson Valadares
(Poeta e crítico satírico)
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