quinta-feira, 3 de setembro de 2015

QUEIXUME



Num momento em que o meu
espírito estava obscuro, por
causa de uma recente separação,
para consolar-me do sofrimento
você surgiu, como um sol
luminoso no meu caminho.
Estonteado pela sua beleza
e hipnotizado pelos seus olhos
brilhantes como um espelho,
acendeu-se, no meu espírito, uma
fogueira de esperança de amor.
Você, sorrindo, disse-me boa-noite.
A sua voz suave me fez lembrar
o canto do rouxinol. A minha
paixão foi rápida como o raio.
Impedido de dominar a emoção,
lembro-me que exclamei: Ó Vênus,
confesso-lhe a minha admiração
e o meu amor! Ao ouvir
essas palavras, jorradas do fundo
do meu dolorido coração, você
sorriu novamente e me fez
sonhar que seria minha esposa.
Os dias passando vão... A
Fortuna me protegeu. Casamo-nos
e fomos morar na Cidade Maravilhosa.
Pela primeira vez na minha
existência, conheci o sentido do
amor e da felicidade. O tempo
escoava. Por razões que jamais
compreendi, o nosso relacionamento esfriava.
A serviço da minha empresa, viajei
para a Europa e para a América
do Norte. Três meses nos separaram.
Ao regressar à pátria, ansioso para
vê-la e abraçá-la, o apartamento
estava vazio. Você sumiu-se como
um cometa. Compreendi que vivi uma
fantasia, digna das MIL e uma NOITES.
A poesia curou meu sofrimento.


Aracaju. 30-8-2015.

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