Aracaju,
30 de agosto de 2015.
Excelentíssimo
Senhor Senador
RENAN
CALHEIROS, Presidente do
Congresso
Nacional
Excelência:
Rogo a vossa permissão para submeter à
consideração do Congresso Nacional, um assunto da magna importância.
Em 1945, aos 21 anos de idade, nesta capital,
recebi diploma de Contador e, de imediato, exerci a profissão. Naquela época
não havia os famigerados Conselhos indevidamente chamados de Federais, como é o
caso do Conselho Federal de Psicologia, objeto desta minha correspondência.
Devo registrar que ao receber o meu diploma de
Contador eu tinha apenas noções teóricas sobre Contabilidade. Foi no exercício
da profissão que eu me aprofundei na Ciência Contábil.
Excelência:
Tenho duas filhas.
Uma formada em Comunicação e a outra em
Psicologia.
Não existe Conselho de Comunicação, de modo que
a primeira não paga contribuição para exercer a sua profissão.
Entretanto, a filha formada em Psicologia,
aprovada em concurso para a Prefeitura Municipal de Aracaju, viu-se obrigada a
inscrever-se no Conselho Federal de Psicologia para ter o direito de trabalhar
em sua profissão.
A contribuição deste ano importou em quase
R$500,00.
O nome Federal é simplesmente para constar. Os
burocratas desse Conselho não são funcionários federais.
Eles vivem, como as sanguessugas, das
contribuições obrigatórias dos psicólogos que estudam, trabalham e os
sustentam.
Visitei a sede do Conselho de Psicologia daqui.
Notei que os funcionários, uns sentados e outra não, conversavam entre si,
sorriam e gargalhavam, possivelmente por motivo de anedotas.
Excelência:
Aos 92 anos de idade, já ouço o chamado dos
meus ancestrais.
A sepultura já me espera...
Do exposto, apelo a V.Exa. para que o Senado
Federal ou o Congresso, aprovem Lei eliminando esses elefantes brancos que
exploram quem estudou e trabalha,
notadamente esse inútil Conselho Federal de Psicologia.
Até na sepultura, eu gritarei: Senador Renan,
muito obrigado, centenas, milhares de vezes!
Respeitosamente,
Edson Almeida Valadares
(descendente do Conde
português Jorge
Valadares,
médico da Expedição de
Thomé de Souza que em
1549
aportou na Província da
Bahia)
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