quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Conselhos Federais



Aracaju, 30 de agosto de 2015.

Excelentíssimo Senhor Senador
RENAN CALHEIROS, Presidente do
Congresso Nacional

Excelência:

Rogo a vossa permissão para submeter à consideração do Congresso Nacional, um assunto da magna importância.
Em 1945, aos 21 anos de idade, nesta capital, recebi diploma de Contador e, de imediato, exerci a profissão. Naquela época não havia os famigerados Conselhos indevidamente chamados de Federais, como é o caso do Conselho Federal de Psicologia, objeto desta minha correspondência.
Devo registrar que ao receber o meu diploma de Contador eu tinha apenas noções teóricas sobre Contabilidade. Foi no exercício da profissão que eu me aprofundei na Ciência Contábil.
Excelência:
Tenho duas filhas.
Uma formada em Comunicação e a outra em Psicologia.
Não existe Conselho de Comunicação, de modo que a primeira não paga contribuição para exercer a sua profissão.
Entretanto, a filha formada em Psicologia, aprovada em concurso para a Prefeitura Municipal de Aracaju, viu-se obrigada a inscrever-se no Conselho Federal de Psicologia para ter o direito de trabalhar em sua profissão.
A contribuição deste ano importou em quase R$500,00.
O nome Federal é simplesmente para constar. Os burocratas desse Conselho não são funcionários federais.
Eles vivem, como as sanguessugas, das contribuições obrigatórias dos psicólogos que estudam, trabalham e os sustentam.
Visitei a sede do Conselho de Psicologia daqui. Notei que os funcionários, uns sentados e outra não, conversavam entre si, sorriam e gargalhavam, possivelmente por motivo de anedotas.
Excelência:
Aos 92 anos de idade, já ouço o chamado dos meus ancestrais.
A sepultura já me espera...
Do exposto, apelo a V.Exa. para que o Senado Federal ou o Congresso, aprovem Lei eliminando esses elefantes brancos que exploram  quem estudou e trabalha, notadamente esse inútil Conselho Federal de Psicologia.
Até na sepultura, eu gritarei: Senador Renan, muito obrigado, centenas, milhares de vezes!

Respeitosamente,

Edson Almeida Valadares
(descendente do Conde
português Jorge Valadares,
médico da Expedição de
Thomé de Souza que em 1549
aportou na Província da Bahia)

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