terça-feira, 15 de setembro de 2015

NÃO É DA MINHA INTENÇÃO ENSINAR O PADRE NOSSO AO PAPA



URGENTE

Aracaju, 14 de setembro de 2015.

Excelentíssimo Ministro do
Supremo Tribunal Federal,
RICARDO LEWANDOWSKI.

Excelência:

Consciente de que V.Exa. possui um nobre espírito liberal, ouso endereçar esta epístola.
Não é da minha intenção ensinar o Padre Nosso ao Papa.
Ademais, enquanto eu não for laureado com o Prêmio Nobel de Literatura, as minhas palavras voam sem destino, como o vento.
A mídia divulga exaustivamente que o magistrado brasileiro enfrenta uma carga desumana. Eu diria que a Justiça brasileira se acha asfixiada pelos milhões de processos que chegam às diversas instâncias. A sua maioria contra o INSS.
Não sou advogado nem jurista, porém me louvo na lógica, no bom senso e na razão.
Pressionado pelo meu raciocínio, entendo que existe um remédio poderoso que resolveria, uma vez por todas, esse grave problema.
Esse remédio é a SÚMULA.
No caso especial do INSS, as súmulas resolveriam o processo já na primeira instância.
Isso, porém, contraria os interesses dos advogados, uma vez que deixariam de explorar os seus pacientes clientes.
Vossa Excelência sabe, muito mais do que eu, que na China não há advogado. O cidadão é advogado de si mesmo.
No Brasil, essa classe de abutres tem o monopólio legal.
Num meu processo de separação amigável, contratei um advogado para me acompanhar à presença da Juíza, a qual dirigiu-se diretamente a mim. O advogado ficou mudo o tempo todo, porém me vi obrigado a pagar-lhe honorários.
Do exposto, compreendo que no Brasil, os advogados são uma máfia!
Rogo a V.Exa. permitir-me tratar de outro assunto.
Na operação policial conhecida por Lava-jato, a responsabilidade jurídica recai, ao que me parece, exclusivamente por um juiz, quando deveria haver uma junta de juízes, visando a não pôr em risco a vida do juiz exclusivo.
Ademais, a mídia sensacionalista transforma em herói o juiz Sérgio Moro.
Eu admiro a coragem desse juiz, entretanto sou de opinião de que ele não deveria dar entrevistas nem declarações aos meios de comunicação.
Acho, também, que as sessões dos Tribunais não devem ser televisionadas, nem revelados os votos dos ministros.
Ao submeter à consideração de V.Exa. estas minhas considerações, rogo antecipada clemencia, na hipótese de haver cometido alguma inconveniência.

Respeitosas saudações,

Edson Valadares

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