Aracaju,
27 de agosto de 2015.
SENADO
FEDERAL
Comissão
de Relações Exteriores
e
Defesa Nacional.
Excelentíssimos Senadores.
Na manhã de hoje, assisti a sessão dessa
Comissão, a qual discutia matéria relacionada à Marinha de Guerra, com arguição
ao almirante, seu comandante.
Na qualidade de poeta e escritor, amante das
letras e da paz, entendo que o efetivo da nossa Marinha é absolutamente
exagerado, considerando-se que a esquadra é reduzida e obsoleta.
O efetivo gira em torno de 60 mil militares,
quando o efetivo da Marinha da França – país situado no caldeirão da Europa –
tem um efetivo de 37,9 mil.
Na aludida sessão falou-se muito em defesa
nacional, dando-me a impressão de que uma nova guerra mundial é iminente, ou
que o Brasil receia uma invasão por parte da Bolívia!
Se a Marinha precisa de recursos financeiros
para revitalizar a sua esquadra, bastaria reduzir para 30 mil o seu efetivo.
A construção de submarinos é um desperdício. Ao
que sei, seriam cinco, sendo um nuclear.
Na segunda guerra mundial, a Alemanha perdeu
600 submarinos, dizem os livros de história.
O Brasil comprou da França um porta-aviões que
é um elefante branco ancorado e envelhecendo.
Compreendo que criança deseja brinquedo, assim
como a Aeronáutica deseja aviões de guerra, o Exército deseja tanques de guerra
e outros armamentos. A Marinha deseja submarinos e outros navios de guerra.
Para vigiar e proteger a nossa extensa costa, a
Marinha precisa apenas de embarcações ligeiras e bem armadas.
Não precisa de navios de guerra monstruosos,
como o nosso porta-aviões inútil, e submarinos.
Parece-me que a surgência de um vulcão no Brasil
seria mais provável do que uma terceira guerra mundial.
As nações vivem em paz entre si, pacíficas como
um lago sem vento.
O rearmamento do Brasil neste momento de crise
econômica e financeira, significa um ato de insensatez, uma megalomania!
Respeitosas saudações,
Edson Valadares
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