Aracaju,
7 de setembro de 2015.
Excelentíssimo
Senhor Ministro
da
Fazenda, JOAQUIM LEVY.
Excelência:
Na tarde de hoje assisto a sessão da Comissão
de Finanças e Tributação da Câmara Federal, na qual V.Exa. é sabatinado e
levado a opinar ou a responder questionamentos alheios ao Ministro da Fazenda.
Do alto dos meus 92 anos, nos quais acumulei
experiência geral e cultura, ouso oferecer a V.Exa. a minha opinião a respeito
de algumas questões.
O centro de crise econômica e financeira em
curso é o consumo. Se não há consumo, não há produção, não há emprego, e não há
suficiente arrecadação de impostos para cevar os Três Poderes que vivem às
custas do trabalho e do suor do povo brasileiro afogado em dívidas.
Sem consumo, outrossim, o país não vai crescer,
como V.Exa. supõe.
Eu tomo remédios de uso contínuo. Cada caixa
com 30 comprimidos custa R$140,00.
Quando os meus médicos autorizam, eu tomo
metade do recomendado. Alguns eu tomo em dias alternados por minha própria
decisão.
Alimentação
Não me alimento em restaurante.
No supermercado compro apenas o mínimo
necessário.
Não compro manteiga, enlatados, refrigerantes,
álcool, etc.
Não frequento cinema, teatro e não penso em
viagem de turismo.
Se não fosse aposentado pela PETROBRAS, estaria
morando numa favela.
Finalmente, por falta de consumo, o nosso país
caminha para o abismo.
O Estado de Sergipe está afundado em dívidas.
Há ameaça de parcelamento do pagamento de
vencimentos.
Mas – diz a mídia – o Governador inaugura este
ano mais de 40 obras.
O Estado ou Município que toma empréstimos para
custei comete uma loucura!
Em momento de crise financeira, o administrador
não deve se aventurar em investimentos.
Respeitosamente,
Edson Valadares
(poeta, escritor,
pensador)
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