sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Revista VEJA


Aracaju, 21 de agosto de 2019.

 Revista VEJA
 Diretor de Redação


                  Ref.  Trabalho infantil

 O trabalho infantil jamais acabou, e nunca acabará, principalmente no interior do país.
 A criança pode trabalhar e estudar.
 Cito o meu exemplo.
Aos cinco anos de idade eu trabalhava de enxada      na fazenda do meu avô, sita no sertão de Sergipe.
 Aos seis anos, caminhava diariamente doze quilômetros para estudar o curso primário na escola pública sita num povoado; concluído aos 9 anos.
 Aos 12 anos de idade morava na capital do Estado, Aracaju. Nos três primeiros meses conclui o curso de datilografia que era de um ano, e já era o datilógrafo mais rápido do Brasil.
 Aos 12 anos a minha mãe empregou-me num cartório, onde permaneci um ano.
 Datilografava volumosas escrituras, e jamais cometi um erro.
 O dono do cartório me pagava apenas dez mil reis.
 Num certo dia, um famoso advogado entrou no cartório, me viu datilografando com a rapidez do relâmpago, aproximou-se de mim, e disse: Quer trabalhar comigo? Pago cem mil reis.
 No dia seguinte, a minha cadeira no cartório estava vazia.
 A partir dos doze anos eu já tinha independência financeira.


 Ela dava-me somente casa e comida.
 Aos 21 anos de idade recebi o diploma de Contador.
 Aos 26 anos um avião da VARIG levou-me para a cidade       do   Rio de Janeiro, onde morei durante 50 anos.
 Aposentado, dediquei-me à literatura (prosa e verso).
 Estou candidato ao Prêmio Nobel de Literatura de 2018 e de 2019.


            Edson Almeida Valadares
                       (96 anos).





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