DIÁRIO
2019
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Agosto
11. Domingo.
Agora são 6h31
m.
Acabo de
acordar.
Chove
copiosamente.
Faz oito anos
que moro nesta cidade, capital do Estado de Sergipe, 650.000 habitantes, e
jamais vi tanta chuva.
A Natureza dá-me
a impressão de que, neste ano, declarou guerra à humanidade.
Nesta madrugada
tive vários sonhos. Lembro-me apenas de um, que registro as páginas desse Diário.
Eu caminhava
numa estrada de barro sem saber por que e não sabia para onde ia.
Caía uma forte
tempestade.
Fortes trovões
e relâmpagos me assustavam.
O lugar era deserto.
Não havia abrigo.
Eu estava
seriamente molhado e tremia de frio.
Não me
encontrava com nenhum ser vivo, humano ou animal.
Afinal, cheguei
a um povoado. Acordei e estou contente por estar incólume na cama do meu quarto.
Ponho-me a
pensar.
O sonho é um
grande mistério. Por que sonhamos?
Tenho a
impressão de que o sonho é obra do inconsciente.
Há pessoas que
sonham raramente. Outras que sonham constantemente.
Quando eu era
mais jovem muitas vezes sonhava viajando ou beijando lindas jovens loiras.
Ao envelhecer,
as loiras me abandonaram.
Chego aos 96
anos. Alimento a esperança de soltar foguetes quando comemorar os cem.
Edson Valadares.
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