A VIDA
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No dia 7 de janeiro de 1924,
uma parteira me extraiu
do útero da minha saudosa
mãe. Ao abrir os olhos,
chorei pela primeira vez.
Sentia falta do ninho
onde morei durante nove
meses. No seio da minha
genitora tive a primeira refeição.
Nasci na fazenda dos meus
pais, um lindo paraíso.
Havia um jardim de onde
muitas flores perfumavam
o meu leito. Um riacho que
formava uma pequena cachoeira,
banhava as plantações da
fazenda. A casa estava
cercada de árvores frutíferas,
povoadas por passarinhos
que cantavam com alegria.
Na medida em que ia crescendo,
me admirava da Natureza.
Extasiei ao contemplar
o arco-íris, e tive medo
dos relâmpagos e dos
trovões. Ignorava o que
seria a vida e o que vim
fazer neste planeta misterioso.
Ainda hoje chegando aos
cem anos de idade, não
sei por que nasci, por que
vivo e por que vou morrer.
À procura de resposta
estudei o pensamento de
50 filósofos, sem resultado.
Estou sempre a me perguntar: Deus existe?
Aracaju, manhã de 12 de
Agosto de 2019.
Edson Valadares.
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