EPITÁFIO
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Pela
primeira vez na história da literatura universal, alguém seleciona e reúne
epitáfios de célebres personalidades.
Chama-se
a atenção para os epitáfios do próprio autor deste livro, escrito num tom
dramático e emocionante.
Epitáfio
é a inscrição aposta sobre um túmulo. Elogio breve de pessoa morta.
Entende-se
que epitáfios bem elaborados possam fazer parte de uma categoria de obras literárias.
Tratando-se
de uma composição Lírica, de origem grega, de tema elegíaco, encerra tristeza
profunda.
Parece-me
evidente que os leitores do idioma de Victor Hugo apreciarão os epitáfios
selecionados e ora divulgados, embora correndo o risco de verterem lágrimas.
O Editor.
EPITÁFIO
Contemplai,
queridos irmãos,
esta
triste sepultura
iluminada
pelo Sol e pelas estrelas.
Aqui
jazem os restos mortais
de um
sublime poeta brasileiro.
Ele
compôs versos brilhantes,
porém
morreu desconhecido dos
homens
e esquecido pelos deuses.
Não
perturbeis o seu sono eterno
com os
vossos passos, contudo,
permitais
que o corvo possa
pousar
sobre o frio mármore,
e
regá-lo com seu pranto.
Edson
Valadares
Ilhéus,
junho de 1999.
EPITÁFIO
Passante! Jaz nesta cova
O corpo de um poeta sublime.
Pobre, embora orgulhoso,
morreu em silêncio e
desconhecido da memória
universal. Não há neste sítio
um só cipreste para
ornamentar e sombrear
a sua abandonada sepultura.
Nem sequer um triste corvo
nela pousará para orvalhá-la
com as suas lágrimas.
Observai, atentamente, o seu nome
gravado nesta lápide fria,
que desaparecerá na ferrugem
do
tempo.
Edson
Valadares
Ilhéus,
setembro de 1999
EPITÁFIO
Passante!
Pare por favor,
e
aproxime-se desta abandonada
sepultura.
Aqui dormem os
restos
mortais de um sublime
poeta
que morreu no silêncio
do
anonimato, esquecido
de
deuses e dos homens.
Não
tenha piedade da
minh’alma,
pois espero
justiça
no meu incógnito destino.
Edson
Valadares
Ilhéus,
fevereiro de 2000.
EPITÁFIO
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Que uma
alma compadecida e bondosa, cubra de flores e rosas perfumadas esta minha última
morada. Que alguém venha cantar sobre a lápide, acompanhado do gorjeio de
passarinhos, que abandonam seus ninhos para me saudar. Que o vermelho do
crepúsculo possa minha sepultura clarear, e chamar a atenção de algum passante
que acenda uma vela para minh’alma iluminar! Oh! Deus! Se de fato existis, não
me deixe morrer nunca mais!
(Tarde triste de 19-9-2004).
Edson Valadares
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