segunda-feira, 8 de maio de 2017

EPITÁFIO





EPITÁFIO
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Pela primeira vez na história da literatura universal, alguém seleciona e reúne epitáfios de célebres personalidades.
Chama-se a atenção para os epitáfios do próprio autor deste livro, escrito num tom dramático e emocionante.
Epitáfio é a inscrição aposta sobre um túmulo. Elogio breve de pessoa morta.
Entende-se que epitáfios bem elaborados possam fazer parte de uma categoria de obras literárias.
Tratando-se de uma composição Lírica, de origem grega, de tema elegíaco, encerra tristeza profunda.
Parece-me evidente que os leitores do idioma de Victor Hugo apreciarão os epitáfios selecionados e ora divulgados, embora correndo o risco de verterem lágrimas.





             O Editor.






                               EPITÁFIO

Contemplai, queridos irmãos,
esta triste sepultura
iluminada pelo Sol e pelas estrelas.
Aqui jazem os restos mortais
de um sublime poeta brasileiro.
Ele compôs versos brilhantes,
porém morreu desconhecido dos
homens e esquecido pelos deuses.
Não perturbeis o seu sono eterno
com os vossos passos, contudo,
permitais que o corvo possa
pousar sobre o frio mármore,
e regá-lo com seu pranto.


Edson Valadares
Ilhéus, junho de 1999.








EPITÁFIO

Passante! Jaz nesta cova
O corpo de um poeta sublime.
Pobre, embora orgulhoso,
morreu em silêncio e
desconhecido da memória
universal. Não há neste sítio
um só cipreste para
ornamentar e sombrear
a sua abandonada sepultura.
Nem sequer um triste corvo
nela pousará para orvalhá-la
com as suas lágrimas.
Observai, atentamente, o seu nome
gravado nesta lápide fria,
que desaparecerá na ferrugem
do tempo.


Edson Valadares
Ilhéus, setembro de 1999



EPITÁFIO

Passante! Pare por favor,
e aproxime-se desta abandonada
sepultura. Aqui dormem os
restos mortais de um sublime
poeta que morreu no silêncio
do anonimato, esquecido
de deuses e dos  homens.
Não tenha piedade da
minh’alma, pois espero
justiça no meu incógnito destino.


Edson Valadares

Ilhéus, fevereiro de 2000.











             EPITÁFIO
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Que uma alma compadecida e bondosa, cubra de flores e rosas perfumadas esta minha última morada. Que alguém venha cantar sobre a lápide, acompanhado do gorjeio de passarinhos, que abandonam seus ninhos para me saudar. Que o vermelho do crepúsculo possa minha sepultura clarear, e chamar a atenção de algum passante que acenda uma vela para minh’alma iluminar! Oh! Deus! Se de fato existis, não me deixe morrer nunca mais!



(Tarde triste de 19-9-2004).


                     Edson Valadares

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