segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

PIB

Aracaju, 22-01-2016.

Meus amigos:

Assunto – PIB

Os critérios adotados pelos economistas para o cálculo do PIB, estão guardados dentro de uma caixa preta fechada a cadeado e guardada em lugar secreto.
Vejamos a agropecuária.
Parece-me um erro a mistura de “alhos com bugalhos”.
A agricultura cuida de plantações. A pecuária cuida da criação de animais.
Portanto, para o cálculo do PIB, o correto seria:
a) Agricultura;
b) Pecuária.

O indivíduo culto e curioso perguntaria ao IBGE:
Como é calculada a contribuição da agropecuária para a formação do PIB?
Os meus pais eram fazendeiros. Plantavam cereais. Uma parte era consumida pela família e o restante vendido nas feiras do povoado.
O dinheiro obtido nessas transações entrava no bolso do meu pai.
O mesmo acontecia quanto a pecuária.
Parte da produção de leite era por nós consumida. As sobras vendidas.
Nesse caso, mesmo nos dias atuais, a produção da fazenda pertence ao proprietário e não ao PIB do Brasil.
É evidente que o meu pai pagava impostos. Ai sim!
Essa renda pertence à União, Estados e Municípios; deve formar o PIB.
O bezerro nasce, cresce e é vendido ao açougueiro que, por sua vez vende ao consumidor.
O que tem a ver essas transações com o PIB? Quando o bezerro, cabrito ou carneiro nascem, houve produção e contribuição para o PIB?
No caso do Setor de Serviços a coisa se complica ainda mais. Ao considerar esse setor como formador do PIB em percentagem superior a agropecuária e a indústria isso me parece uma burrice da qual o próprio burro se ofenderia.
Consta-me que o Setor de Serviços se subdivide em mais ou menos 14 subsetores, tais com o turismo, armazenagem, financeiro, educacional, hoteleiro, etc.
Entendo que o PIB de um país é a soma de todo o dinheiro que entra nos cofres do Poder Federal, Estadual e Municipal.
Acredito que a educação consome parte do PIB. Nada produz.
Em suma: o Setor de Serviços não produz riqueza para a nação. Apenas os impostos que paga poderiam ingressar no PIB. Esse setor produz lucros ou perdas para os seus agentes ou proprietários.
No que diz respeito ao Setor Industrial, a coisa também é complexa.
Uma indústria produz uma geladeira ao custo de R$800,00, vende ao comerciante por R$1.000,00. Este vende ao consumidor por R$1.200,00.
O industrial e o comerciante pagaram impostos.
Qual o valor a ingressar no PIB?
Acho que somente os impostos pagos.
A geladeira pertence ao fabricante. O comerciante, ao comprar, é o novo proprietário. O proprietário final é o consumidor ou comprador final.
Entendo que a riqueza do particular não é riqueza do país, portanto aquela geladeira não se soma ao PIB.
Se fosse possível calcular tudo o que se produz no Brasil – um país continental – o PIB seria astronômico.
Ora, nem Deus teria sabedoria nem competência, para calcular em dinheiro tudo o que tem valor neste país, ou seja, público e particular.
O cálculo do PIB de um país, conforme os critérios formulados pelos economistas não passa de ficção, de fantasia.
O escritor russo Gogol, ao criticar causticamente, os economistas, merece ser chamado de gênio.
À sua memória eu presto as minhas homenagens.


Edson Valadares
(estudioso da Ciência
da Lógica)



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