Aracaju,
22-01-2016.
Meus amigos:
Assunto – PIB
Os critérios adotados pelos economistas para o
cálculo do PIB, estão guardados dentro de uma caixa preta fechada a cadeado e
guardada em lugar secreto.
Vejamos a agropecuária.
Parece-me um erro a mistura de “alhos com
bugalhos”.
A agricultura cuida de plantações. A pecuária
cuida da criação de animais.
Portanto, para o cálculo do PIB, o correto
seria:
a)
Agricultura;
b)
Pecuária.
O indivíduo culto e curioso perguntaria ao
IBGE:
Como é calculada a contribuição da agropecuária
para a formação do PIB?
Os meus pais eram fazendeiros. Plantavam
cereais. Uma parte era consumida pela família e o restante vendido nas feiras
do povoado.
O dinheiro obtido nessas transações entrava no
bolso do meu pai.
O mesmo acontecia quanto a pecuária.
Parte da produção de leite era por nós
consumida. As sobras vendidas.
Nesse caso, mesmo nos dias atuais, a produção
da fazenda pertence ao proprietário e não ao PIB do Brasil.
É evidente que o meu pai pagava impostos. Ai
sim!
Essa renda pertence à União, Estados e
Municípios; deve formar o PIB.
O bezerro nasce, cresce e é vendido ao
açougueiro que, por sua vez vende ao consumidor.
O que tem a ver essas transações com o PIB?
Quando o bezerro, cabrito ou carneiro nascem, houve produção e contribuição
para o PIB?
No caso do Setor de Serviços a coisa se
complica ainda mais. Ao considerar esse setor como formador do PIB em
percentagem superior a agropecuária e a indústria isso me parece uma burrice da
qual o próprio burro se ofenderia.
Consta-me que o Setor de Serviços se subdivide
em mais ou menos 14 subsetores, tais com o turismo, armazenagem, financeiro,
educacional, hoteleiro, etc.
Entendo que o PIB de um país é a soma de todo o
dinheiro que entra nos cofres do Poder Federal, Estadual e Municipal.
Acredito que a educação consome parte do PIB.
Nada produz.
Em suma: o Setor de Serviços não produz riqueza
para a nação. Apenas os impostos que paga poderiam ingressar no PIB. Esse setor
produz lucros ou perdas para os seus agentes ou proprietários.
No que diz respeito ao Setor Industrial, a
coisa também é complexa.
Uma indústria produz uma geladeira ao custo de
R$800,00, vende ao comerciante por R$1.000,00. Este vende ao consumidor por
R$1.200,00.
O industrial e o comerciante pagaram impostos.
Qual o valor a ingressar no PIB?
Acho que somente os impostos pagos.
A geladeira pertence ao fabricante. O
comerciante, ao comprar, é o novo proprietário. O proprietário final é o
consumidor ou comprador final.
Entendo que a riqueza do particular não é riqueza
do país, portanto aquela geladeira não se soma ao PIB.
Se fosse possível calcular tudo o que se produz
no Brasil – um país continental – o PIB seria astronômico.
Ora, nem Deus teria sabedoria nem competência,
para calcular em dinheiro tudo o que tem valor neste país, ou seja, público e
particular.
O cálculo do PIB de um país, conforme os
critérios formulados pelos economistas não passa de ficção, de fantasia.
O escritor russo Gogol, ao criticar causticamente,
os economistas, merece ser chamado de gênio.
À sua memória eu presto as minhas homenagens.
Edson Valadares
(estudioso da Ciência
da Lógica)
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