Aracaju,
28-12-2015.
Caros leitores:
À vista dos meus poemas já publicados neste Blog
vocês constarão que a minha poesia é concreta.
Isso significa que nos meus versos eu não
persigo os arroubos da poesia lírica, a qual considero bela, porém, oca, vazia.
Entretanto, à vista de um pôr-do-sol na cidade
de Ilhéus – Estado da Bahia, vi-me na contingencia de recorrer ao lirismo para
retratar o fantástico espetáculo que a Natureza oferecia aos meus olhos e à
minha inspiração.
Nasceu, então, o soneto “HORIZONTE em CHAMAS”
que ora divulgo neste Blog.
Ressalto que embora lírico, o soneto retrata um
episódio verdadeiro.
Edson Valadares
HORIZONTE EM
CHAMAS
Numa clara tarde
de verão,
acaba de pôr-se o
deus-sol,
acendendo o céu
com o arrebol,
e invadindo-me de
alegria o coração!
Vejo no poente o
horizonte em chamas!
O crepúsculo
incendiando as bordas dos cirros!
E, ante tanta
beleza, o meu espírito exclama:
faíscas de ouro
chuviscam de círios?
No seu caminho
atapetado de fogo,
o Sol sorria e
despedia-se do globo.
E, no poente, o
horizonte em chamas!
A Natureza
desenhava estranhos arabescos,
que lembravam
festejos momescos,
e, no poente, o
horizonte em chamas!
Edson Valadares
Nota
Este
soneto representa a visão de um fantástico pôr-do-sol visto pelo poeta numa
tarde de verão na cidade de Ilhéus, Bahia, no ano 2000.
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