segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Câmara dos Deputados


Aracaju, 30 de janeiro de 2019.


 Câmara dos Deputados
 Banco de Ideias
 Comissão de Legislação
 Participativa
 Brasília.


 Excelências:

 Preliminarmente, rogo desculpar-me pelas minhas queixas a essa Comissão.
 A razão é que não sou famoso, ainda, e não disponho de outro canal de comunicação.
 Nesta manhã ensolarada, comprei o colírio Xalatan, de uso continuo, destinado a combater o glaucoma, que me ataca nos dois olhos.
 A Nota Fiscal, informa:
 Xalatan (um frasco minúsculo).
 Custo                       R$ 168,89.
 Desconto                 R$ 126,66
 Imposto Federal      R$   17,04
 Imposto Estadual    R$   21,53

 Excelências:
 Estou quase cego do olho direito. Vejo 50% do olho esquerdo. Logo que possível, viajarei para o Rio de Janeiro a fim de consultar-me com o Dr. Moura Brasil.
 Num único remédio, eu paguei de imposto R$ 38,57.
 Sofro da saúde e sofro do bolso.
 A propósito:
 Quando eu me aposentei, no ano de 1977, contribuía para o INSS sobre vinte salários mínimos.

Aposentei-me com dez. Hoje, recebo apenas quatro. Se não for a PETROBRAS, eu estaria morando numa favela, após ter sido um competente Contador na PETROBRAS e em outras empresas, inclusive a Marro Goldwin Mayer do Brasil, bem como Auditor Contábil na França, na Alemanha, no Canadá, nos Estados Unidos (duas vezes), e no Panamá.
 Um escritório de advocacia ingressou na Justiça, já faz mais de um ano. Ontem. Eu fui à Justiça Federal, e me informaram que o processo foi arquivado.
 Quem se aposentou em 1990 ou 1992 (se não estou enganado) teve direito a revisão dos seus vencimentos pagos pelo INSS.
 Quem se aposentou em 1977, não tem direito a nada.
 Neste mês de janeiro, o INSS deu-me um ridículo aumento de R$ 132,00.
 Por culpa dos dirigentes desta Nação, responsáveis pela atual crise econômica e financeira, os burocratas querem que os aposentados e contribuintes do INSS, salvem a Pátria.
 Se as autoridades federais tivessem juízo, retornariam a capital do Brasil para a Cidade Maravilhosa, hoje situada no Planalto próximo do inferno.
 A riqueza do pré-sal poderia, em primeiro lugar, liquidar as dívidas interna e externa da União, e, depois, salvar a Previdência.
 A riqueza do mar continental pertence, unicamente, à União.
 À vossa consideração,

            Edson Almeida Valadares
 (Poeta e escritor. Pensador. Candidato ao Prêmio Nobel de Literatura de 2018 e de 2019. Descendente do conde Jorge Valadares, médico da expedição de Tomé de Souza).

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