Aracaju, 7 de
fevereiro de 2019.
Câmara dos Deputados
Banco de Ideias
Comissão de Legislação
Participativa
Brasília.
Excelências:
Acredito que o natural do ser humano seria ter
saúde.
Com essa intenção, parece-me que foi criado o
Ministério da Saúde.
Contudo, esse ministério deveria chamar-se
Ministério das Doenças.
A
preocupação do Ministério da Saúde é com os doentes, com os hospitais, clínicas
e remédios.
Esse ministério não está preocupado com os preços
absurdos dos remédios e com os impostos federais e estaduais incidentes sobre
os medicamentos.
A
corrupção chegou à medicina.
Sabe-se que a Região Nordeste é a região mais
pobre do Brasil, entretanto os médicos são ricos. Cobram por uma rápida consulta
a quantia de R$ 350,00. Acontece que eles somente emitem as receitas após
exigir do paciente uma pletora de exames.
As nutricionistas cobram, também, por uma
consulta R$ 200,00.
Diz-se que os médicos recebem comissão sobre
os remédios que receita.
Os hospitais cobram preços abusivos.
Recentemente, eu me submeti a uma ligeira
cirurgia no Hospital Primavera, desta capital.
A
cardiologista cobrou R$ 450,00, porém o hospital faturou R$ 900,00 por 40
minutos de ocupação da sala de cirurgia.
Ah! Devo mencionar que o anestesista cobrou R$
400,00.
Os
anestesistas criaram uma verdadeira máfia, e assaltam os bolsos dos pacientes.
O
nosso país está às moscas.
Defendo
a tese de que deveria ser uniforme, em todo Brasil, os preços dos hospitais,
dos médicos e afins, bem como tabelados todos os remédios.
Poderia
haver a cobrança de 2% sobre os remédios, como acontece em Portugal.
Senhores deputados:
Sugiro que essa Comissão solicite ao IBGE que
faça estatística de quantos pacientes estão hospitalizados num determinado dia.
Seria um milhão, dez milhões, vinte milhões.
A
atual crise econômica e financeira tem origem no consumidor endividado.
Eu mesmo, compro somente alimentos e remédios.
Essa crise continuará na UTI por muito tempo.
O
Poder Executivo deveria pagar as dívidas interna e externa com a riqueza do
pré-sal.
À
consideração dessa Comissão.
Atenciosas
saudações,
Edson Almeida Valadares
(Poeta,
escritor, pensador, candidato ao Prêmio
Nobel de Literatura de 2018 e de 2019; 95 anos).
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