quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Câmara dos Deputados


Aracaju, 7 de fevereiro de 2019.


 Câmara dos Deputados
 Banco de Ideias
 Comissão de Legislação
 Participativa
 Brasília.


Excelências:

 Acredito que o natural do ser humano seria ter saúde.
 Com essa intenção, parece-me que foi criado o Ministério da Saúde.
 Contudo, esse ministério deveria chamar-se Ministério das Doenças.
 A preocupação do Ministério da Saúde é com os doentes, com os hospitais, clínicas e remédios.
 Esse ministério não está preocupado com os preços absurdos dos remédios e com os impostos federais e estaduais incidentes sobre os medicamentos.
 A corrupção chegou à medicina.
 Sabe-se que a Região Nordeste é a região mais pobre do Brasil, entretanto os médicos são ricos. Cobram por uma rápida consulta a quantia de R$ 350,00. Acontece que eles somente emitem as receitas após exigir do paciente uma pletora de exames.
 As nutricionistas cobram, também, por uma consulta R$ 200,00.
 Diz-se que os médicos recebem comissão sobre os remédios que receita.
 Os hospitais cobram preços abusivos.


 Recentemente, eu me submeti a uma ligeira cirurgia no Hospital Primavera, desta capital.
 A cardiologista cobrou R$ 450,00, porém o hospital faturou R$ 900,00 por 40 minutos de ocupação da sala de cirurgia.
 Ah! Devo mencionar que o anestesista cobrou R$ 400,00.
 Os anestesistas criaram uma verdadeira máfia, e assaltam os bolsos dos pacientes.
 O nosso país está às moscas.
 Defendo a tese de que deveria ser uniforme, em todo Brasil, os preços dos hospitais, dos médicos e afins, bem como tabelados todos os remédios.
 Poderia haver a cobrança de 2% sobre os remédios, como acontece em Portugal.
Senhores deputados:
 Sugiro que essa Comissão solicite ao IBGE que faça estatística de quantos pacientes estão hospitalizados num determinado dia.
 Seria um milhão, dez milhões, vinte milhões.
 A atual crise econômica e financeira tem origem no consumidor endividado.
 Eu mesmo, compro somente alimentos e remédios.
 Essa crise continuará na UTI por muito tempo.
 O Poder Executivo deveria pagar as dívidas interna e externa com a riqueza do pré-sal.
 À consideração dessa Comissão.
 Atenciosas saudações,

          Edson Almeida Valadares
 (Poeta, escritor, pensador, candidato ao Prêmio
 Nobel de Literatura de 2018 e de 2019; 95 anos).

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