segunda-feira, 5 de março de 2018

Reverendíssimo Arcebispo Metropolitano de Aracaju, DOM JOÃO JOSÉ COSTA.



 Aracaju, 24 de fevereiro de 2018.


 Reverendíssimo Arcebispo Metropolitano
 de Aracaju, DOM JOÃO JOSÉ COSTA.

 Na qualidade de intelectual, dirijo-me a V. Rma. com urbanidade e respeito.
 Estudei por conta própria dez religiões, a Doutrina Espírita e a Quimbanda africana.
 Sou o poeta Nº um do Brasil e do mundo no século XXI.
 Leio o vosso artigo no JORNAL DA CIDADE de hoje.
 Uma força superior me obriga a comentar esse artigo.
 O mundo tem 2.000 religiões e quatro mil seitas.
 Somente uma - a religião católica - engana os tolos, ao divulgar que Jesus Cristo é filho de Deus e nosso salvador.
 Eu morava na cidade do Rio de Janeiro, quando na TV tomei conhecimento de que recentemente, os judeus de Israel descobriram a sepultura de Jesus Cristo.
 Ao se dizer filho de Deus, Jesus Cristo, se vivesse nos dias de hoje, seria apedrejado e morto.
 Em verdade, no seu tempo, mais de 90% do povo judeu era analfabeto.
  Se o Espírito Santo baixou do céu e fez um filho em Maria, esposa de José, ele foi o primeiro estuprador do mundo.
Diz o Alcorão:

 “Jesus Cristo não é
 filho de Deus. Deus
 nunca teve filho”.

 Essa mentira de vossa religião a respeito da salvação, somente os ignorantes, os tolos, os loucos acreditam.
 A vossa religião somente prega com base no Novo Testamento.
 Ignora o Velho Testamento, onde se lê que Deus era vingativo, mau, perverso. Descia do céu com espada nas mãos para matar na Terra os inimigos do seu povo eleito.
 Jesus Cristo foi um homem como nós.
 Desapareceu aos 12 anos de idade e reapareceu aos 30.
 Onde estava ele? Pouca gente sabe. Eu sei e revelo neste meu blog, que recebe acesso de três continentes e até do Oriente Médio.
 Como se sabe, as tribos judias eram doze. Numa região montanhosa vivia uma tribo de apenas 2.000 almas, os essênios. Era uma tribo de sábios, onde Jesus estudou e educou-se.
 Ainda hoje, o povo judeu não reconhece Cristo como filho de Deus.
 Segundo o Hinduísmo, religião da maioria dos povos da Índia, os deuses são milhões.
 As religiões cristãs reconhecem apenas um.
 Chamá-lo de Homem- Deus não passa de uma excrescência.
 O Deus do Velho Testamento era violento, sanguinário.
 O próprio Cristo praticou violência ao chicotear os camelôs que comerciavam no interior de uma igreja por onde ele acidentalmente passava ao largo.
 Se Deus criou o homem - um pensamento absurdo - ele errou ao lhe conceder o livre arbítrio, causa da violência que ensanguenta a humanidade.
 Segundo a opinião de cientistas, desde que os primeiros homens surgiram no planeta Terra, já morreram 100 bilhões de seres humanos.
 Ademais, ele constrói, e no decorrer do tempo a tudo destrói.
 Por que nascemos; por que vivemos; e por que morremos?
 Morrer é a pior das violências.
 Deus não existe, segundo a Lei universal da causa e do efeito.
 Ninguém faz a si mesmo!
Paz! Essa palavra repetidamente pronunciada pelos cegos de espírito é tão útil como o nada.
 Consta que Deus e o Diabo eram irmãos. Brigaram. Deus expulsou o Diabo do céu e este criou o inferno.
 A paz é uma miragem no deserto; uma utopia; um sonho.
 Essa Campanha da Fraternidade é tão útil como um corpo humano que apodrece na cova de um cemitério.
 Por que os padres e os seus superiores, os evangélicos e de outras religiões não pregam nas penitenciárias, não visitam e consolam as famílias enlutadas pela criminalidade?
 O evangelho está povoado de violência.
 A vossa igreja tem uma história violenta e criminosa.
 O dia de São Bartolomeu. As cinco cruzadas. A Inquisição. A morte de Joana D'Arc etc. etc.
 Beleza da vida. Isto não existe, a não ser na retórica.
 O homem vive num planeta perigoso. Até um mosquito ou a mordida de uma cobra, o matam.
 E as gerações nascem e morrem, para virar pó, como diz a Bíblia!
Hoje em dia não há fraternidade nem mesmo no seio da maioria das famílias.
 Não há fraternidade nem mesmo dos próprios padres e pastores. Muitos deles cometem crimes sexuais.
 O nosso coração não é fonte do amor, mas somente uma pilha elétrica.
 Os pobres e os miseráveis são culpados de si mesmos.
 Muitos já nascem incapacitados. A maioria dos chamados “excluídos” não estudou, não tem profissão; é preguiçosa e inútil.
 Não há somente ricos e pobres. Há a sofrida Classe Média, mola que move esta Nação e ainda supre com os seus recursos os favorecidos com a famigerada Bolsa Família.
 A mulher pobre, que não tem condições financeiras para criar e educar os seus filhos, é irresponsável. Não deveria parir.
 Pobre não dá emprego ao pobre.
 A doutrina social da Igreja é, tão somente, propaganda da vossa religião.
 Por que Jesus, ao morrer crucificado por ato dos Rabinos, exclamou: Meu Pai, por que me abandonaste?
 Esse Deus invisível e cruel não salvou o seu próprio filho!
 A hóstia não é sagrada coisa nenhuma. Nada mais é do que farinha de trigo. Padre não tem o poder de sagrar coisa nenhuma, não passa de uma tapeação para enganar os fanáticos ou ignorantes.
 A salvação terrena dos pobres consiste apenas no trabalho, coisa antipatizada por eles, os quais pensam que o Tesouro Nacional é abastecido por jazidas de ouro exploradas pelos Poderes governantes.
 Aquele que sofre deve procurar socorro médico gratuito.
 Se sofre porque passa fome culpe a si mesmo.
 Cristo foi apenas um impostor. As curas que constam da Bíblia, não mais são do que fantásticas mentiras.
 Eu não busco a Deus, uma entidade criada pelo homem, por medo e superstição.
 União: não há união nem em muitas famílias, quanto mais com estranhos.
 No Rio de Janeiro, aprendi este provérbio: “Se não o conheço, é meu inimigo”.
 Para superar a violência há apenas dois remédios, os quais, no Brasil, a Igreja condena:
1)  Pena de Morte para os autores de    crimes hediondos;
2)  Prisão perpétua para crimes, a ser regulamentado.

 Irmão em Cristo é mero eufemismo.
Há um ditado muito citado no Brasil:

 “É tempo de murici.
 Cada um cuida de si’.

 O vosso artigo é utópico, ausente da realidade; endeusa o pobre e se esquece de quem remunera o pobre para que ele não morra de fome.
Pobre deve trabalhar e não depender de esmolas de qualquer origem.
 Eu estudei e trabalhei desde os 5 anos de idade, até 80 anos.
 Aos 12 anos de idade eu já possuía diploma de datilógrafo.
 A minha mãe empregou-me num cartório. A partir daí eu ganhei a minha independência financeira.
 Embora nascido no sertão de Sergipe, aos 21 anos de idade recebi, em Aracaju, diploma de curso superior.
 Aos 26 anos emigrei para a cidade do Rio de Janeiro, onde vivi durante 50 anos.
 Voltei para Aracaju pelo desejo de aqui morrer e juntar-me aos meus pais e avós que há muitos anos dormem em covas do cemitério Santa Izabel.
 Finalizando: o catolicismo é religião opressora e criminosa. Ópio do povo ignaro.
 Respeitosamente,


 Edson Almeida Valadares
             -94 anos –
 (Petroleiro aposentado. Poeta e escritor satírico. Contista, cronista, pensador, epistológrafo, crítico literário, epitafista, diarista, orador, palestrante, poliglota. Candidato ao Prêmio Nobel de Literatura de 2017 e de 2018.



 Nota
 O meu pensamento é livre como o Condor que, altaneiro, sobrevoa as montanhas da Cordilheira dos Andes.  Chego aos 95 anos sem jamais sofrer carão ou ordem de ninguém. Sou aposentado e vivo apenas dos meus proventos. Sou candidato ao Prêmio Nobel de Literatura de 2018. Escrevi esta correspondência ao correr da pena, isento de beleza literária.

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