Aracaju, 24 de fevereiro de 2018.
Reverendíssimo
Arcebispo Metropolitano
de Aracaju, DOM JOÃO JOSÉ COSTA.
Na qualidade de intelectual, dirijo-me a V. Rma.
com urbanidade e respeito.
Estudei por conta própria dez religiões, a Doutrina
Espírita e a Quimbanda africana.
Sou o poeta Nº um do Brasil e do mundo no
século XXI.
Leio o vosso artigo no JORNAL DA CIDADE de
hoje.
Uma força superior me obriga a comentar esse
artigo.
O mundo tem 2.000 religiões e quatro mil
seitas.
Somente uma - a religião católica - engana os
tolos, ao divulgar que Jesus Cristo é filho de Deus e nosso salvador.
Eu morava na cidade do Rio de Janeiro, quando
na TV tomei conhecimento de que recentemente, os judeus de Israel descobriram a
sepultura de Jesus Cristo.
Ao se dizer filho de Deus, Jesus Cristo, se
vivesse nos dias de hoje, seria apedrejado e morto.
Em verdade, no seu tempo, mais de 90% do povo judeu
era analfabeto.
Se o Espírito Santo baixou do céu e fez um
filho em Maria, esposa de José, ele foi o primeiro estuprador do mundo.
Diz o Alcorão:
“Jesus Cristo não é
filho de Deus. Deus
nunca teve filho”.
Essa mentira de vossa religião a respeito da
salvação, somente os ignorantes, os tolos, os loucos acreditam.
A vossa religião somente prega com base no
Novo Testamento.
Ignora o Velho Testamento, onde se lê que Deus
era vingativo, mau, perverso. Descia do céu com espada nas mãos para matar na Terra
os inimigos do seu povo eleito.
Jesus Cristo foi um homem como nós.
Desapareceu aos 12 anos de idade e reapareceu
aos 30.
Onde estava ele? Pouca gente sabe. Eu sei e
revelo neste meu blog, que recebe acesso de três continentes e até do Oriente
Médio.
Como se sabe, as tribos judias eram doze. Numa
região montanhosa vivia uma tribo de apenas 2.000 almas, os essênios. Era uma
tribo de sábios, onde Jesus estudou e educou-se.
Ainda hoje, o povo judeu não reconhece Cristo
como filho de Deus.
Segundo o Hinduísmo, religião da maioria dos
povos da Índia, os deuses são milhões.
As religiões cristãs reconhecem apenas um.
Chamá-lo de Homem- Deus não passa de uma excrescência.
O Deus do Velho Testamento era violento,
sanguinário.
O próprio Cristo praticou violência ao chicotear
os camelôs que comerciavam no interior de uma igreja por onde ele
acidentalmente passava ao largo.
Se Deus criou o homem - um pensamento absurdo
- ele errou ao lhe conceder o livre arbítrio, causa da violência que ensanguenta
a humanidade.
Segundo a opinião de cientistas, desde que os
primeiros homens surgiram no planeta Terra, já morreram 100 bilhões de seres
humanos.
Ademais, ele constrói, e no decorrer do tempo
a tudo destrói.
Por que nascemos; por que vivemos; e por que
morremos?
Morrer é a pior das violências.
Deus não existe, segundo a Lei universal da
causa e do efeito.
Ninguém faz a si mesmo!
Paz! Essa palavra
repetidamente pronunciada pelos cegos de espírito é tão útil como o nada.
Consta que Deus e o Diabo eram irmãos. Brigaram.
Deus expulsou o Diabo do céu e este criou o inferno.
A paz é uma miragem no deserto; uma utopia; um
sonho.
Essa Campanha da Fraternidade é tão útil como
um corpo humano que apodrece na cova de um cemitério.
Por que os padres e os seus superiores, os
evangélicos e de outras religiões não pregam nas penitenciárias, não visitam e
consolam as famílias enlutadas pela criminalidade?
O evangelho está povoado de violência.
A vossa igreja tem uma história violenta e
criminosa.
O dia de São Bartolomeu. As cinco cruzadas. A
Inquisição. A morte de Joana D'Arc etc. etc.
Beleza da vida. Isto não existe, a não ser na
retórica.
O homem vive num planeta perigoso. Até um
mosquito ou a mordida de uma cobra, o matam.
E as gerações nascem e morrem, para virar pó, como
diz a Bíblia!
Hoje em dia não há fraternidade
nem mesmo no seio da maioria das famílias.
Não há fraternidade nem mesmo dos próprios
padres e pastores. Muitos deles cometem crimes sexuais.
O nosso coração não é fonte do amor, mas
somente uma pilha elétrica.
Os pobres e os miseráveis são culpados de si
mesmos.
Muitos já nascem incapacitados. A maioria dos
chamados “excluídos” não estudou, não tem profissão; é preguiçosa e inútil.
Não há somente ricos e pobres. Há a sofrida Classe
Média, mola que move esta Nação e ainda supre com os seus recursos os
favorecidos com a famigerada Bolsa Família.
A mulher pobre, que não tem condições
financeiras para criar e educar os seus filhos, é irresponsável. Não deveria
parir.
Pobre não dá emprego ao pobre.
A doutrina social da Igreja é, tão somente,
propaganda da vossa religião.
Por que Jesus, ao morrer crucificado por ato
dos Rabinos, exclamou: Meu Pai, por que me abandonaste?
Esse Deus invisível e cruel não salvou o seu
próprio filho!
A hóstia não é sagrada coisa nenhuma. Nada
mais é do que farinha de trigo. Padre não tem o poder de sagrar coisa nenhuma,
não passa de uma tapeação para enganar os fanáticos ou ignorantes.
A salvação terrena dos pobres consiste apenas
no trabalho, coisa antipatizada por eles, os quais pensam que o Tesouro Nacional
é abastecido por jazidas de ouro exploradas pelos Poderes governantes.
Aquele que sofre deve procurar socorro médico
gratuito.
Se sofre porque passa fome culpe a si mesmo.
Cristo foi apenas um impostor. As curas que
constam da Bíblia, não mais são do que fantásticas mentiras.
Eu não busco a Deus, uma entidade criada pelo
homem, por medo e superstição.
União: não há união nem em muitas famílias,
quanto mais com estranhos.
No Rio de Janeiro, aprendi este provérbio: “Se
não o conheço, é meu inimigo”.
Para superar a violência há apenas dois remédios,
os quais, no Brasil, a Igreja condena:
1) Pena de Morte para os autores de crimes hediondos;
2) Prisão perpétua para crimes, a ser regulamentado.
Irmão em Cristo
é mero eufemismo.
Há um ditado muito citado no Brasil:
“É tempo de murici.
Cada um cuida
de si’.
O vosso artigo é
utópico, ausente da realidade; endeusa o pobre e se esquece de quem remunera o
pobre para que ele não morra de fome.
Pobre deve trabalhar e não depender de esmolas de
qualquer origem.
Eu estudei e
trabalhei desde os 5 anos de idade, até 80 anos.
Aos 12 anos de
idade eu já possuía diploma de datilógrafo.
A minha mãe empregou-me
num cartório. A partir daí eu ganhei a minha independência financeira.
Embora nascido
no sertão de Sergipe, aos 21 anos de idade recebi, em Aracaju, diploma de curso
superior.
Aos 26 anos emigrei
para a cidade do Rio de Janeiro, onde vivi durante 50 anos.
Voltei para
Aracaju pelo desejo de aqui morrer e juntar-me aos meus pais e avós que há
muitos anos dormem em covas do cemitério Santa Izabel.
Finalizando: o
catolicismo é religião opressora e criminosa. Ópio do povo ignaro.
Respeitosamente,
Edson Almeida
Valadares
-94
anos –
(Petroleiro
aposentado. Poeta e escritor satírico. Contista, cronista, pensador,
epistológrafo, crítico literário, epitafista, diarista, orador, palestrante,
poliglota. Candidato ao Prêmio Nobel de Literatura de 2017 e de 2018.
Nota
O meu
pensamento é livre como o Condor que, altaneiro, sobrevoa as montanhas da
Cordilheira dos Andes. Chego aos 95 anos
sem jamais sofrer carão ou ordem de ninguém. Sou aposentado e vivo apenas dos
meus proventos. Sou candidato ao Prêmio Nobel de Literatura de 2018. Escrevi esta
correspondência ao correr da pena, isento de beleza literária.
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