DIÁRIO
2018
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Fevereiro
27.
Meu Diário: Agora são 13h31.
Vejo na TV a entrevista de um militar, a respeito do combate da
criminalidade na cidade do Rio de Janeiro.
As entrevistas e reuniões da cúpula militar, atônitas, se sucedem; os
resultados positivos não são revelados.
A ocupação militar da Cidade Maravilhosa vai durar até o último dia
deste ano.
Ninguém compreende que para se reduzir à metade da violência, seria
necessário colocar um militar federal ou estadual, em cada metro quadrado da
metrópole. Essa providência exigiria, provavelmente, o efetivo de um milhão de
militares.
Os líderes dessa ocupação militar enfatizam a necessidade da
“inteligência” como a mola mais competente para combater o crime.
É evidente que a “ação” seria muito mais eficiente do que tal “inteligência”.
As autoridades do Estado e os militares estão perdidos num labirinto.
Ademais, parece-me lógico que o endurecimento das Leis penais e o
cumprimento delas, não resolveria o fim da criminalidade, mas contribuiriam
para a sua forte redução.
O reduto necessário para reduzir a violência em nosso país, exigiria um
efetivo de 40 milhões de militares.
O primeiro passo para baixar a criminalidade é, evidentemente, a
aprovação de uma Lei punindo com
prisão severa não somente o traficante,
mas, também, quem compra drogas.
Sem consumidor não há vendedor.
A intervenção do exército na cidade do Rio de Janeiro será um fracasso
e maculará o prestígio das nossas Forças Armadas.
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