URGENTE
Aracaju,
4 de abril de 2016
Excelentíssimo
Senhor
Senador
RENAN CALHEIROS,
Presidente
do Congresso Nacional
Brasília
Excelência:
Preliminarmente, dou a V.Exa. conhecimento da
minha opinião a respeito das sessões da Comissão do Impeachment contra a
presidente da República, particularmente as sessões nas quais discursaram os
acusadores e os defensores.
Aos 92 anos de idade, o meu pensamento sempre
foi livre como o condor que, altaneiro, voa sobre as montanhas dos Andes.
Embora não seja jurista, como discípulo de Montesquieu sou paladino da justiça.
Ademais, recebi da Mãe-Natureza as chaves do
tesouro da lógica, do bom senso e da razão.
Ao assistir as citadas sessões tive a impressão
de que vislumbrava uma assembleia realizada num hospício.
Jamais vi tanta falta de educação; um
verdadeiro tumulto, um pandemônio.
A matéria em discussão diz respeito à Ciência
do Direito, principalmente, bem como da Ciência Contábil e do Orçamento,
assuntos que grande parte dos senhores deputados desconhece.
Prevaleceu a emoção política e a exacerbação
dos espíritos.
Os argumentos justificativos apresentados pelo
Ministro da Fazenda são verdadeiros.
Para quem entende o que seja orçamento, houve
apenas remanejamento de rubricas orçamentárias.
A palavra pedalada é gíria. Não existe no
Direito nem na linguagem contábil e orçamentária.
Não sou contra nem a favor da presidente da República.
Se a Câmara Federal aprovar o impeachment,
estará cometendo um erro que passará para a História do Brasil.
Há deputados influenciados pela mídia e,
enfezados, vociferam e uivam como lobos famintos na floresta, ao dar atenção e
vivas às “ruas”, ou seja, a uma claque de ignorantes e de Maria vai com as
outras.
Os pais que levam as crianças para as passeatas
são irresponsáveis.
Democracia não é baderna, não é teatro, não é
bagunça. Para membros da Comissão, deveriam ter sido indicados aqueles
competentes na matéria e não por simples indicação dos partidos, que permite a
participação de deputados incompetentes.
Respeitosamente,
Edson Valadares
(Contador, Auditor,
poeta e escritor.
Candidato ao Prêmio
Nobel
de Literatura de 2016)
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