Aracaju,
4 de fevereiro de 2018.
TV CULTURA
São Paulo.
À atenção da diretoria.
Agora
são 20h (local).
Ligo
essa TV a fim de assistir a mais um programa intitulado CAFÉ FILOSÓFICO.
O
palestrante desta noite é o filósofo e psiquiatra de nome ANDRÉ MARTINS.
O
tema da palestra seria a CRIATIVIDADE.
Entretanto,
a sua fala cheia de retórica e de sofisma sobre o que fosse Criatividade,
certamente não foi compreendida nem pela assembleia, nem pelos telespectadores,
inclusive eu.
Ele
deveria utilizar-se de um palavreado mais simples, mais compreensivo a quem não
estudou filosofia nem psiquiatria, do que ofereço o seguinte exemplo.
CRIATIVIDADE
–
inventividade, inteligência e talento natos ou adquiridos para criar, inventar,
inovar, quer no campo artístico, quer no científico, esportivo etc.
Ele
se desvia do ponto central do seu tema para citar fragmentos dos filósofos F.
Nietzsche, Spinoza, S. Freud, A. Schopenhauer.
O
primeiro, um louco que se suicidou. O segundo, criticado por confrades. Freud.
No
final do século XX, eu morava na cidade do Rio de Janeiro.
Numa
certa noite, ligo a TV e tomo conhecimento da palestra sobre Freud, realizada
por um famoso médico inglês.
Dizia
esse cientista:
“Freud
teve 51 clientes.
50
deles suicidaram-se”.
O
palestrante ateve-se à teoria de sua profissão e da Filosofia.
Aqui
e acolá mencionava coisas óbvias.
Não
ofereceu qualquer exemplo que pudesse iluminar a sua eloquência subjetiva.
Dizia
ele: “Conhecer o Novo”.
Pergunta-se:
Que Novo? Quando?
Por
todo o tempo da existência?
O
filósofo grego Platão acusava os poetas de viverem nas nuvens.
Parece-me
que Platão vivia no mundo da Lua.
Ele
rompeu com o seu Mestre, Sócrates. Do mesmo modo, Aristóteles rompeu com
Platão, seu Mestre.
O
mesmo aconteceu com Freud, que rompeu relações com o seu amigo Yung.
Nada
do que o palestrante falou se aplica a mim, que sou crítico de filósofos
sofistas.
Eu,
aos 94 anos, nunca tive depressão, nem angústia.
Os
Filósofos, ademais, são mais mentirosos do que Pinóquio.
Decidi
não mais assistir a esse programa, por temer sofrer enfarte, por causa da
audição de tantas tolices e palavras enigmáticas.
Dos
semblantes dos presentes deduzi que eles nada entenderam do que falava esse
estranho palestrante.
21h.
Para alívio dos assistentes, acabou o Programa.
Esclareço
que sou autodidata em filosofia e crítico literário. Ademais, sou candidato ao
Prêmio Nobel de Literatura de 2018, como poeta e escritor.
Atenciosamente,
Edson Almeida Valadares.
(Intelectual)
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