DIÁRIO
2018
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Fevereiro
20. A manhã de hoje se mostra triste e
nebulosa. O Sol ausente. Olho para o céu e observo lagos azuis cercados por
nuvens brancas como a neve.
Eu
também estou triste, ao lembrar que acaba de falecer a minha segunda esposa,
vítima de um AVC, aos 54 anos.
Dois
dos meus filhos também se despediram da vida, bem como um exército de amigos e
conhecidos.
Restam-me
dois amigos, residentes na cidade de Salvador/BA.
Em
breve estarei sozinho como o rochedo em alto mar, sujeito às tempestades e à
violência das ondas sopradas pela ventania.
Já
trilhando as veredas que me conduzirão ao pódio dos cem anos, rogo a VULCANO,
deus do fogo, que não me impeça de acender as 100 velas comemorativas.
Morrerei
protestando contra o meu divino assassino, por que não compreendo o que existe
após a morte, o NADA ou a ETERNIDADE?
Por
que esse mistério não me é revelado enquanto abro os olhos e vejo o Sol?
Jamais
vi uma alma, salvo nos meus sonhos.
Não
creio que dentro do meu corpo haja alma, aguardando a minha morte para
libertar-se, o que me parece fantástico absurdo.
Edson Valadares.
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