segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

DIÁRIO 2018



DIÁRIO
  2018
_________________________________________________________________________________________________________                            Fevereiro


 7.              Meu Diário.
 Agora são 5 horas de uma manhã de céu nublado.
 Levantei-me cedo para assistir o noticiário da TV GLOBO, entretanto leio na tela: sem sinal.
 De súbito ocorreu-me uma ideia de deixar registrado em suas páginas, para a posteridade, o que vejo ou me acontece nos meus sonhos, muitos deles fantásticos, extraordinários, sublimes, inacreditáveis.
 Se eu fora revelar todos os meus sonhos, escreveria milhares de páginas.
 Para ser breve limitar-me-ei a expor os meus sonhos mais incríveis, excêntricos, estranhos.
 Por onde devo começar? Surgiu-me a dificuldade. Penso um pouco e encontro a solução.
Relatar o que vejo nos meus sonhos sem me preocupar pela ordem e a inobservância do tempo.
 A minha visita ao Inferno, considero um dos mais fantásticos sonhos dentre os 180.000 (mais ou menos) que já me ocorreram.
 Ao ingressar no “Hall”, surgiu um estranho cicerone que se ofereceu para me acompanhar.
 Logo na entrada, divisei, no lado esquerdo, uma mesa de uns 50 metros de comprimento, onde, sentado numa cadeira, eu via Satanás, e os seus chifres.
 Mas adiante comecei a ouvir gritos lancinantes.
 O guia me explicou:
 Esses gritos são de almas condenadas a sofrer em caldeirões de fogo.
 Para o meu sossego, acordei imediatamente.  Ainda hoje, após decorridos muitos anos, tenho a sensação de que ainda ouço os gritos daquelas almas penadas.
 Numa noite, eu dormia e sonhava que havia morrido. O meu cadáver estava num caixão, o qual estava cercado pelos meus oito irmãos, e a minha mãe, que choravam e vestiam roupas de luto. A minha alma adejava, e eu gritava: Não chorem. Estou vivo. A cena foi rápida. De susto, acordei.
 Por duas vezes assisti o exército da Argentina invadindo o Brasil.
 Eu via os tanques de guerra e ouvia o ronco dos seus motores, bem como via os aviões de guerra argentinos, e o rosto dos aviadores, protegidos por óculos.
 O sonho foi rápido. Não houve batalha.
 Sonhei que participava de uma revolução na Índia. Havia milhares de civis mortos pelos militares indianos.
 Afastei-me do campo de batalha e me escondi nos destroços de uma fábrica.
 Outro sonho inesquecível.
 Sonhei que assistia o Carnaval carioca. Milhões de foliões, as Escolas de Samba, os cordões, as diversas bandas musicais, e muito mais. Esse sonho durou muitas horas.
 Sonhei que no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, assistia a ópera Aída. O teatro estava lotado, e eu ouvia o barulho dos aplausos do público.
 De repente, surgiu um elefante.
 Tudo igual a essa ópera que, de verdade, eu havia assistido.
 Outro dia, na Rua da Carioca, sita na cidade do Rio de Janeiro, eu aguardava o sinal verde do trânsito. Ao meu lado estavam dois indivíduos.
 De repente um deles puxou uma grande faca e assassinou o outro. O sangue jorrava. O sinal abriu e eu fugi do local.
 Uma outra vez, eu andava numa estrada que levava ao topo de uma montanha. Por quê? Nunca soube.
 Ao chegar no topo divisei uma palhoça.  Resolvi entrar para descansar. Ao abrir a porta me deparei com duas jovens moças assassinadas.
O sangue jorrava.
 O susto foi tão grande que acordei imediatamente.
 Nos meus sonhos eu viajava a pé, de avião, de navio, de canoa no Rio Sena (em Paris) e perdido num oceano.
 Muitas vezes sonhei que estava em Nova York. Hospedava-me em hotéis. Fazia refeições, entrava nos bancos para comprar a moeda local, etc.
Nos meus sonhos estive no Marrocos (África), no Japão, na França e outros países.
 Um sonho que me intrigou foi o seguinte:
 Li num jornal que havia um Congresso espírita. Como estudioso dessa doutrina, compareci ao local, no desejo de participar.
 O Congresso acontecia num prédio suntuoso, jamais visto no Planeta Terra.
 Ao chegar na fantástica porta de entrada, o porteiro (uma alma), me perguntou:
“ Em que ano você morreu? ”
 Apavorado, recuei e fugir dali correndo. Acordei imediatamente.
 Outra vez, eu entrava num restaurante. Um meu colega da PETROBRAS, major da Aeronáutica estava saindo. Já próximo a mim, um sujeito sacou o revólver e, com vários tiros, assassinou o major.
  Eu vi no seu rosto os vestígios da dor, do seu sofrimento.
 Assustado, acordei.
 Já sonhei voando, nadando no mar e em rios caudalosos. Enfrentei muitas tempestades, o ronco dos trovões e a queda de raios, tudo igual a realidade.
 Mais de uma vez sonhava que estava namorando jovens mulheres loiras, e até as beijava, e sentia o paladar dos beijos rápidos como o relâmpago.
 Em conclusão. Tudo que já vi na vida real, vi também em sonhos, e muito mais.
 Sou ou não, o maior sonhador do mundo?


                Edson Valadares

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