Aracaju, 12-12-2017.
Prezados
leitores:
Vasculho o baú onde guardo as minhas memórias,
no intuito de pôr neste blog algo interessante ou surpreendente.
Contudo, o meu arquivo guarda acontecimentos
capazes de enriquecer este blog durante muitos anos...
No princípio do mês de janeiro de 1950 a Cia. ITATIG,
que pesquisava petróleo em Sergipe, encerrou as suas atividades. Eu exercia o
cargo de Contador.
Então, o diretor convidou-me a trabalhar na
matriz, sita na cidade do Rio de Janeiro.
Embarquei num avião e desci no Aeroporto
Santos Dumont.
Embarquei num táxi para ir ao hotel reservado
por um amigo aí residente.
O táxi partiu, e logo chocou-se com outro
veículo.
Os dois motoristas discutiam acaloradamente.
Após uns 20 minutos,
chegaram a um acordo.
Assustado com esse imprevisto acidente, eu
esperava o final da contenda.
O escritório da empresa ficava na Rua México. Para lá chegar, na manhã do dia seguinte tomei
um táxi. Fui apresentado a outros
funcionários e tomei conhecimento dos serviços contábeis a meu cargo.
No dia seguinte, um colega me chamou para a
janela que dava para a rua e olhasse para calçada do nosso edifício.
Vi, lá embaixo, o corpo ensanguentado de um
jovem suicida.
Aquela visão me causou espanto e embrulho no
estomago durante muitos dias.
Tive a impressão de que a cidade não deseja a
minha presença.
Edson Valadares
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