Aracaju, 20 de dezembro de 2017.
Excelentíssima
MINISTRA
CÁRMEN LÚCIA, eminente
Presidente
do Supremo
Tribunal Federal (STF).
Excelência:
Eu não mais pretendia incomodar V. Exa. com a
minha correspondencia.
Contudo, no noticiário HORA 1 da TV Globo,
desta manhã, na qualidade de Paladino da Justiça tomei conhecimento de um
absurdo capaz de irritar um santo.
Considero uma grande injustiça que o cidadão
preso por crimes financeiros, fica obrigado a colocar nos pés uma tornozeleira
e, ainda, pagar R$ 2.000,00 pelo uso dessa grave e humilhante tornozeleira.
Eu sou simplesmente um poeta, aliás o poeta
número um do Brasil e do mundo. Candidato
ao Prêmio Nobel de Literatura de 2017 e de 2018.
Não tenho, sequer, diploma de Bacharel em Direito,
mas, por conta própria estudei o Direito Romano, o famoso livro O Espírito das
leis, a nossa Constituição, etc.
Aos 13 anos de idade eu já era o mais rápido
datilógrafo do Brasil.
Trabalhava no escritório de um famoso advogado,
o qual possuía uma vasta biblioteca com livros de Direito.
Eu lia livros de Bevilaqua, e de outros
autores famosos.
Em 1945 recebi o diploma de Contador, porque,
na época não havia Faculdade de Direito em Aracaju.
Durante 20 anos exerci o cargo de Contador na PETROBRAS.
Após aposentado em 1977, fui nomeado Auditor
de uma Trading Company do Banco do Brasil, durante oito anos.
Orgulho-me de ter sido um dos mais competentes
Contadores do Brasil.
Ademais, estudei profundamente, as ciências da
Contabilidade, da Lógica, da Administração e da Organização.
Aposentado em 1984, dediquei-me à literatura,
em prosa e verso.
Li 50 livros dos mais importantes filósofos do
mundo, desde Sócrates, Platão e Aristóteles. Estudei dez religiões, a doutrina espírita e a
quimbanda africana (magia negra).
Afinal, o meu pensamento é livre como o condor
que, altaneiro, sobrevoa as montanhas dos Andes.
Perdoe-me por tomar o vosso tempo com este
fragmento da minha biografia.
A minha intenção visa a espelhar perante
V. Exa.
as minhas condições intelectuais.
Rogo desculpar-me pela ousadia de oferecer a V.
Exa. os meus protestos contra as injustiças.
Respeitosamente,
Edson
Almeida Valadares - 94 anos.
(Descendente do conde
português Jorge Valadares, médico da expedição de Thomé de Souza que aportou na
Bahia no ano de 1549).
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