quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

CÁRMEN LÚCIA



 Aracaju, 20 de dezembro de 2017.


 Excelentíssima MINISTRA
 CÁRMEN LÚCIA, eminente
 Presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF).

 Excelência:

 Eu não mais pretendia incomodar V. Exa. com a minha correspondencia.
 Contudo, no noticiário HORA 1 da TV Globo, desta manhã, na qualidade de Paladino da Justiça tomei conhecimento de um absurdo capaz de irritar um santo.
 Considero uma grande injustiça que o cidadão preso por crimes financeiros, fica obrigado a colocar nos pés uma tornozeleira e, ainda, pagar R$ 2.000,00 pelo uso dessa grave e humilhante tornozeleira.
 Eu sou simplesmente um poeta, aliás o poeta número um do Brasil e do mundo.  Candidato ao Prêmio Nobel de Literatura de 2017 e  de 2018.
 Não tenho, sequer, diploma de Bacharel em Direito, mas, por conta própria estudei o Direito Romano, o famoso livro O Espírito das leis, a nossa Constituição, etc.
 Aos 13 anos de idade eu já era o mais rápido datilógrafo do Brasil.
 Trabalhava no escritório de um famoso advogado, o qual possuía uma vasta biblioteca com livros de Direito.
 Eu lia livros de Bevilaqua, e de outros autores famosos.
 Em 1945 recebi o diploma de Contador, porque, na época não havia Faculdade de Direito em Aracaju.
 Durante 20 anos exerci o cargo de Contador na PETROBRAS.  Após aposentado em 1977, fui nomeado Auditor de uma Trading Company do Banco do Brasil, durante oito anos.
 Orgulho-me de ter sido um dos mais competentes Contadores do Brasil.
 Ademais, estudei profundamente, as ciências da Contabilidade, da Lógica, da Administração e da Organização.
 Aposentado em 1984, dediquei-me à literatura, em prosa e verso.
 Li 50 livros dos mais importantes filósofos do mundo, desde Sócrates, Platão e Aristóteles.  Estudei dez religiões, a doutrina espírita e a quimbanda africana (magia negra).
 Afinal, o meu pensamento é livre como o condor que, altaneiro, sobrevoa as montanhas dos Andes.
 Perdoe-me por tomar o vosso tempo com este fragmento da minha biografia.
 A minha intenção visa a espelhar perante V.  Exa.  as minhas condições intelectuais.
 Rogo desculpar-me pela ousadia de oferecer a V. Exa. os meus protestos contra as injustiças.
 Respeitosamente,


       Edson Almeida Valadares - 94 anos.
(Descendente do conde português Jorge Valadares, médico da expedição de Thomé de Souza que aportou na Bahia no ano de 1549).

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