quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

EUNÍCIO OLIVEIRA



Aracaju, 22 de dezembro de 2017.

 Excelentíssimo Senhor Senador
 EUNÍCIO OLIVEIRA, presidente
 do Congresso Nacional.

 Excelência:

 Agora são 14h10.
 Ouço na TV as palavras do presidente da República a respeito da reforma da Previdência.
 Tanto o presidente, como a mídia, não aborda a essência dessa tão propalada reforma.
 Ouço e leio na mídia apenas lero-lero.
 Ninguém menciona a Ciência atuarial. A atuária é parte da estatística ligada a problemas relacionados com a teoria e o cálculo nas áreas de seguros, previdência social, etc.
 Atuário é o especialista em matemática estatística que age no mercado econômico-financeiro, na promoção de pesquisas e estabelecimento de planos e políticas de investimentos e amortização, e no seguro social e privado, no cálculo de probabilidades de eventos, na avaliação de riscos, etc.
A omissão da atuária nesse debate sobre essa reforma absurda acontece, talvez, pela ignorância ou má-fé dos agentes.
Desconheço se há estatística de quantos são os trabalhadores e funcionários públicos que morrem antes de completar 65 anos, ou ficam inativos por incapacidade.
 A alegação de que cresce o número de idosos é, simplesmente, uma falácia pronunciada pelos “gênios” da imbecilidade.
 É evidente que nascem mais crianças brasileiras do que o aumento de idosos.
 É voz corrente de que a dívida ativa em favor do Poder Executivo soma em torno de um trilhão de reais.



 É evidente que essa dívida veste a roupagem do tabu. É intocável, uma vez que pode prejudicar pessoas e empresas ricas.
 O pobre, ou seja, o povo, é o bode expiatório.
 É o caso do idoso aposentado, que mesmo doente e vivendo de uma pensão reduzida, não está isento do famigerado Leão do Imposto de Renda.
 Na culta Suécia, o imposto de renda é elevado, porém é o único imposto.
 O seu povo, rico ou pobre, não paga mais nada.
 Aqui, os impostos, taxas e outras invenções chegam em torno de 50!
 Os remédios são encarecidos porque neles estão embutidas taxas astronômicas.
 O Brasil se dá ao luxo de manter efetivos militares maiores do que a França e o Reino Unido!
 O Brasil se dá ao luxo de manter mais de 30 ministérios, muitos deles inúteis.
 Em Brasília, vê-se na esplanada dos ministérios, dezenas de elefantes brancos, na linguagem popular.
 Se o Poder Executivo e o Legislativo tivessem juízo, a capital do Brasil voltaria para a cidade do Rio de Janeiro.
 Brasília seria, tão somente, uma cidade turística!
 Em verdade, excluída a capital do Brasil - obra de um sonho-as 30 outras cidades dentro do Distrito Federal são favelas violentas e nada mais.
 Vejo-me apenas um D. Quixote pregando no deserto.
 Certamente a minha correspondência não chega ao vosso conhecimento porque os vossos zelosos assessores, agem assim; “Ponga la basura en son lugar”, conselho que li na cidade do Panamá.


              Edson Valadares
              (Poeta e escritor)

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