DIÁRIO
2017
Dezembro
3. Agora são 6H. Acordo.
Os primeiros
raios do sol invadem a sala do meu apartamento.
Nesta madrugada
tive um sonho inédito e absurdo.
Sonhei que em
cima de uma mesa eu via dezenas de remédios a mim receitados pelos médicos.
Lembro-me dos
nomes de alguns que realmente eu consumo: Divelol, Osteoform, Adera D3, Propomalva,
Vitalux, PuranT T4, Allegra, Marevan, colírios: Fresh Tears, Xalatan.
Após haver sonhado
no curso da minha longa existência, em torno de 180.000 vezes, eu pensava que
se esgotavam os motivos para sonhar.
Noto que isso
está acontecendo, uma vez que me lembro, atualmente, de sonhos cada vez mais
raros.
Sonho: um
mistério insolúvel.
Recordo que
durante a minha infância vivida no sertão nordestino, eu tinha um cachorro que
quando sonhava estremecia, gania, latia, gritava como se estivesse apanhando.
Ponho-me a conjeturar:
Será que os
peixes sonham?
Será que todos
os animais sonham?
De uma coisa eu
sei: o sonho é indecifrável
Edson Valadares
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