quinta-feira, 6 de julho de 2017

O SONHO

Aracaju, 4-7-2017.


Meus prezados leitores.

                   O SONHO

 Para a hipótese de que algum pesquisador - num futuro próximo ou longínquo -  possa se interessar em pesquisar sobre o sonho, e julgando-me o maior sonhador deste Planeta, deixo registrado nas páginas deste blog o meu depoimento resumido sobre o sonho, tão misterioso como o nascimento, a vida e a morte.
 Tenho inquirido homens, mulheres e crianças, a respeito do sonho.
 Verifiquei que a maioria dos sonhadores sonham pouco e preto e branco.
 As pessoas que sonham a cores são raras. Eu estou nesta lista.
 Os meus sonhos refletem a realidade.
 Certa vez, quando eu ainda era criança, sonhei que olhava para o céu e via um fantástico arco-íris, igualzinho ao arco-íris que via acordado.
 Uma única vez sonhei que assistia o carnaval carioca.
 Tudo igual à realidade.
 Por incrível que pareça, via e ouvia os sons das orquestras das escolas de samba e o canto dos foliões.
 Sonhei, também, que estava no Teatro Municipal e assistia a uma ópera. O teatro estava lotado.
 Esse sonho foi demorado. Assisti a ópera até o final, quando o público batia palmas estrondosas e começava a retirar-se.
 Outro sonho fantástico, gravado na minha memória. Eu assistia o Exército e a Aviação da Argentina invadindo o Brasil.
 Um avião inimigo voou tão baixo que eu via os óculos no rosto do piloto.
 Centenas de tanks avançavam, e eu ouvia o estrondo dos canhões.
 Outro sonho extraordinário.
 Eu estava na Índia. De repente iniciou-se uma revolução.
 As forças armadas atiravam contra o povo.
 Fugi do local e me escondi sobre os destroços de uma fábrica abandonada. De repente, escutei o ranger de uma porta. Um soldado entrava e percorria o recinto à procura de alguém.
 O medo acordou-me e eu estava no Brasil.
 Houve uma época em que, em sonho, viajei para Nova York, Londres, Paris, Marrocos, etc.
 Eu viajava de avião e de navio.
 Hospedava-me em hotéis, convertia a moeda.
 Conversava com as pessoas em inglês francês e espanhol.
 No Marrocos, o povo falava a língua árabe. Eu não compreendia nenhuma palavra.
 Para concluir, relato o meu sonho mais fantástico.
Eu estava visitando o inferno.
 Na entrada, vi Satanás sentado ao lado de uma mesa de uns 50 metros de comprimento. Estava sozinho, e tinha chifres.
 Surgiu um cicerone muito gentil que me acompanhava e explicava o recinto. Logo, logo, comecei a ouvir muitos gritos lancinantes.
 Disse-me o cicerone: “esses gritos são das almas que estão dentro de caldeirões de fogo”.
 Acordei imediatamente. Senti-me contente ao contatar que estava deitado na minha cama.



             Edson Valadares.

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