sexta-feira, 21 de julho de 2017

MINHA VIDA É UM BARCO PERDIDO

MINHA VIDA É UM BARCO PERDIDO
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Minha vida é um barco perdido
 Nas frias profundezas do mar.
 Eu viajava, sozinho, nesse barco.
 As velas brancas desfraldadas.
Ia em busca de um porto seguro.
 De repente, colheu-me a tempestade.
 O barco, sem bússola e sem leme,
 Vagava, perdido, sobre as ondas,
 Ameaçando soçobrar.
 Noite escura, silenciosa.
 Ouvia-se apenas os gemidos das ondas bravas
 E o olhar das estrelas a brilhar.
 Supondo aproximar-me da morte,
 Embora ateu, comecei a rezar.
 Desesperado, sem esperança
 De minha vida tormentosa salvar.
 Começo a ouvir os gritos das gaivotas,
 Que me pareciam uma orquestra a tocar.
 O dia amanhece, espantando
 As sombras tétricas da noite.
 O barco finalmente afunda-se.
 Em direção à praia próxima,
Começo a nadar.
 Milagrosamente, alcanço o porto de salvação.
 Esgotado, estou deitado na areia,
 Sentindo no rosto a brisa e o calor do sol.
 Adormeço, e começo a sonhar.




 Aracaju, manhã de 7 de janeiro de 2007.

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