MINHA VIDA É UM BARCO PERDIDO
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Minha vida é um barco perdido
Nas frias
profundezas do mar.
Eu viajava,
sozinho, nesse barco.
As velas
brancas desfraldadas.
Ia em busca de um porto seguro.
De repente,
colheu-me a tempestade.
O barco, sem
bússola e sem leme,
Vagava, perdido,
sobre as ondas,
Ameaçando soçobrar.
Noite escura,
silenciosa.
Ouvia-se apenas
os gemidos das ondas bravas
E o olhar das estrelas
a brilhar.
Supondo
aproximar-me da morte,
Embora ateu,
comecei a rezar.
Desesperado,
sem esperança
De minha vida
tormentosa salvar.
Começo a ouvir
os gritos das gaivotas,
Que me pareciam
uma orquestra a tocar.
O dia amanhece,
espantando
As sombras tétricas
da noite.
O barco
finalmente afunda-se.
Em direção à
praia próxima,
Começo a nadar.
Milagrosamente,
alcanço o porto de salvação.
Esgotado, estou
deitado na areia,
Sentindo no
rosto a brisa e o calor do sol.
Adormeço, e
começo a sonhar.
Aracaju, manhã
de 7 de janeiro de 2007.
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