AMARGO
DESTINO
Nascido com a missão
De ser poeta, tenho
Trilhado caminhos atapetados
De espinhos, determinados
Por amargo Destino.
Atravessei tempestades
Ventos de sofrimento
Abismos perigosos.
Já ao alcance dos cem anos
A cada dia vou ficando
Sozinho neste vale de lágrimas.
Em imaginação, vejo um
Cemitério povoado de
Parentes, de amigos e de gente
Conhecida que a Morte
Visitou antes de mim.
Vivendo meus últimos invernos
Sem lar, sem família,
Tenho por companhia
Os meus livros de poesia.
Que me alimentam a
Vontade de continuar a
Viver apesar do amargo Destino.
Em breve partirei cantando
Ou chorando. Para onde? Não sei.
Rio, noite de 7 de junho de 2011.
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