Aracaju,
20 de novembro de 2015.
Excelentíssimo
Senhor Senador
RENAN
CALHEIROS, Presidente do
Congresso
Nacional.
Brasília
LI B E L O
Excelência:
Antes do ano de 1977, eu contribuía para o
INSS com uma taxa incidente sobre vinte salários mínimos.
No início desse ano aposentei-me percebendo
proventos equivalentes a dez salários, hoje reduzidos a quatro.
Provavelmente apenas três em janeiro de 2016;
dois em 2017 e um em 2018, quando irei morar numa favela ou na cova de um
cemitério.
Conheço pessoas que se aposentaram percebendo
quatro salários mínimos. Hoje reduzidos a apenas um.
Os deputados e senadores que votaram pela
manutenção do veto da presidente da República, veto este que penaliza os
aposentados, se mostraram insensatos, injustos e covardes.
A Câmara Federal se diz a Casa do Povo, porém
vota contra o povo.
Esses traidores dos aposentados do INSS
alegam, demagogicamente, que votaram para “salvar” o país.
O que é o país? Apenas terra.
O país é material. Não tem carne nem osso.
Não pensa, não sofre e não recebe salário mínimo.
Mas nós aposentados somos esmagados em
benefício do país, que, por culpa exclusiva do governo desastrado do PT e seus
aliados atravessa uma séria crise econômica e financeira da qual o povo
brasileiro não tem culpa, porém paga a fatura.
O Governo Federal é perdulário.
Em verdade, um monstro burocrático, um polvo
gigantesco que estrangula a nação com os seus poderosos tentáculos.
Cerca de apenas 40 milhões de brasileiros
trabalham e produzem dia e noite para alimentar não somente esse monstro, mas,
também, aproximadamente, 160 milhões de brasileiros inativos: desempregados,
incapacitados, crianças e ociosos.
O povo brasileiro não percebe que é escravo
dos seus governantes.
Do exposto, interpretando o sentimento de
revolta de mais de 30 milhões de aposentados pelo INSS, apelo a V.Exa. para que
anule essa bárbara votação no Congresso Nacional. Convoque uma nova reunião do
Congresso e conclame os parlamentares a votarem contra o veto da presidente.
Sugiro, outrossim, a convocação de uma CPI
visando a desvendar a caixa preta da Previdência Social.
Sem mais, subscrevo-me,
respeitosamente,
Edson Valadares
Contador aposentado.
Poeta e escritor.
92 anos)
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