Amigos:
Tenho a mania de vez por outra fechar os
olhos e passar a recordar acontecimentos imprecisos ou remotos da saga da minha
vivência.
Eu sou permanentemente estudioso de
Geografia. Esta é uma maneira de conhecer o mundo sem sair do meu lar.
Estive lendo sobre a Alemanha.
Lembrei-me que na década de 1980 eu exercia o
cargo de Auditor da COBEC – Trading Company do Banco do Brasil (já extinta).
Viajei para a cidade de Hamburgo a fim de
auditar a contabilidade da filial. Lá demorei-me durante 30 dias.
Amei essa bela cidade, da qual guardo eternas
saudades.
Em maio de 1999 eu morava na cidade de Ilhéus,
Bahia.
No dia 5, sofri uma súbita saudade de
Hamburgo.
Compadecida, a minha Musa veio em meu socorro
e ditou-me o poema que ora registro neste Blog.
SAUDADES DE HAMBURGO
Hamburgo! Hamburgo!
Adeus, adeus.
As saudades de ti
dilaceram meu coração
e se agravam por
saber que jamais te reverei,
pois da Morte já ouço
o som dos clarins
anunciando minha
viagem em direção ao Estige.
És do Universo uma
das cidades mais lindas!
As tuas ruas límpidas
como as aguas do mar;
as praças perfumadas
pelas flores dos jardins.
Os serenos lagos
congelados no inverno,
onde crianças de
roupas coloridas patinam.
Os parques onde
sorriem árvores verdejantes,
e os passarinhos em
algazarra tecem ninhos.
À noite os astros te
beijam com seus raios.
Oh Hamburgo: eu te
amo, te amo como
o infeliz Romeu amou
a desditosa Julieta!
Amo a neve que chove
compondo poesia.
Amo as torres de tuas
igrejas beijando as nuvens;
amo as brancas
gaivotas que brincam no céu.
Admiro o voo rasante
do albatroz no rio Elba,
e amo, sobretudo, as
tuas divinas mulheres
altas, elegantes, de
olhos verdes, azuis,
tão belas como as
deusas Diana e Afrodite.
Lágrimas em pérolas
caem dos meus olhos tristes,
porque de ti,
Hamburgo, eu morro de saudades!
Ilhéus, 05-maio-1999
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